Descrição de chapéu China Evergrande

Investidores apostam em crescimento global, mas temem mercado imobiliário chinês

Levantamento de banco de investimentos mostra preocupação com empreiteiras da China

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Alun John
Londres | Reuters

O setor imobiliário da China é a fonte mais provável de um evento de crédito sistêmico global, de acordo com a pesquisa de setembro dos gestores de fundos do Bank of America, que também constatou que o sentimento dos investidores em relação à economia global excluindo a China está melhorando.

Um terço dos entrevistados na pesquisa citou o setor imobiliário chinês como o maior risco de evento de crédito, superando o setor imobiliário comercial dos EUA e da União Europeia, com 32%.

Conjunto de prédios em Nanjing, na China, da construtora Country Garden, que enfrenta crise financeira
Investidores se preocupam com mercado imobiliário chinês - AFP

A pesquisa com 222 administradores de fundos com US$ 616 bilhões (R$ 3,08 trilhões) em ativos sob gestão foi realizada entre 1 e 7 de setembro.

A segunda maior economia do mundo tem enfrentado dificuldades durante a maior parte deste ano, uma vez que a demanda interna e externa enfraqueceu e o aprofundamento da crise imobiliária pressionou ainda mais o crescimento, levando Pequim a implementar uma série de medidas de apoio.

A mais recente turbulência no setor imobiliário da China concentrou-se na Country Garden, a maior incorporadora privada do país. A Reuters informou na última terça-feira (5), citando fontes familiarizadas com o assunto, que a empresa obteve aprovação dos credores para estender os pagamentos de seis títulos onshore.

Entretanto, fora da China, o sentimento dos investidores em relação ao crescimento global está se tornando mais positivo, segundo a pesquisa, com cerca de três quartos dos entrevistados esperando um pouso suave para a economia global - terminologia que normalmente se refere a uma desaceleração econômica gradual - ou nenhuma desaceleração.

A pesquisa de setembro registrou um salto recorde na alocação dos entrevistados, com uma mudança para as ações dos EUA e saindo de mercados emergentes.

As expectativas de crescimento da China caíram, com a porcentagem geral de entrevistados que esperam uma economia mais forte nos próximos 12 meses caindo de 78% na pesquisa de fevereiro para 0%, e menor do que há um ano, quando a segunda maior economia do mundo ainda estava em meio a rígidos bloqueios devido à Covid.

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