Nestlé próxima da Kopenhagen, IA em apps de relacionamento e o que importa no mercado

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São Paulo

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Kopenhagen próxima da Nestlé

A Nestlé deve fechar em breve a compra da marca de chocolates Kopenhagen, informa a repórter Stéfanie Rigamonti.

  • A Kopenhagen, que também é dona da Brasil Cacau, pertence à gestora americana Advent International, que a adquiriu em 2020.
  • São ao todo 800 unidades no Brasil, com 2 mil funcionários.

A compra da marca vem meses depois de a Nestlé ter conseguido destravar no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) a aquisição da Garoto, dando fim a um vaivém que durou 21 anos.

Em junho, o órgão antitruste aprovou a compra anunciada em 2002 por R$ 1 bilhão com o argumento de que as duas empresas não dominam mais o setor como na época, quando eram donas de 60% do mercado.

O Cade, porém, impôs algumas restrições à Nestlé. Uma delas proíbe a multinacional de comprar concorrentes que representem 5% ou mais do mercado relevante de chocolates por cinco anos.

Em números: o consumo de chocolates no Brasil atingiu R$ 22 bilhões em 2022, alta de 18% sobre o ano anterior (valores nominais), conforme a consultoria Euromonitor.


CEO do Bumble diz que IA pode ajudar no flerte

De que forma a IA (inteligência artificial) pode mudar as nossas vidas além do trabalho? Para a CEO do Bumble, aplicativo de relacionamento, a ferramenta pode ajudar os usuários a flertar.

  • "No geral, o adulto solteiro nos EUA não namora porque não sabe como flertar, ou tem medo de não saber", disse Whitney Wolfe Herd no podcast de Emily Chang, jornalista da Bloomberg.
  • "E se você pudesse aproveitar o chatbot para gerar confiança, ajudar alguém a se sentir realmente seguro antes de ir conversar com um monte de pessoas que não conhece?"

A CEO do Bumble não deu mais detalhes, mas esse poderia ser um novo uso para a IA em apps de relacionamento.

Entenda : a ferramenta já é usada nessas plataformas para aumentar as chances de um match, ou seja, indicar usuários que tenham características a ver um com o outro, como preferências culturais, esportivas etc.


A novidade poderia inclusive incentivar as pessoas a voltarem a esses apps.

Depois de eles terem bombado em meio às medidas de isolamento durante a pandemia, agora os usuários estão demonstrando um cansaço dessas plataformas, conforme pesquisa do Match Group, dono do Tinder.


Processo contra Boeing avança

A Justiça Federal deu andamento a uma ação que acusa a americana Boeing de contratar uma série de engenheiros da brasileira Embraer.

Entenda: o processo movido por Abimde (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Defesa) e AIAB (Associação das Indústrias Aeorespaciais do Brasil) usa como argumento a soberania nacional.

As associações lembram que a livre concorrência é assegurada na Constituição, mas que é relativizada em nove situações específicas —a primeira delas, questões de soberania nacional. A Embraer é a maior fornecedora de equipamento militar para a Força Aérea Brasileira.

As entidades querem limitar a aquisição a 0,6% do corpo de engenharia de empresas estratégicas de defesa ou com contratos em projetos do tipo. A ação ainda prevê R$ 5 milhões em multa para a Boeing.

Estimativas do mercado apontam que cerca de 400 pessoas, a maioria formada por engenheiros e ao menos 120 da Embraer, foram contratadas desde o começo de 2022 pela Boeing em São José dos Campos (SP).O local é sede da Embraer e do ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), que tem parceria com a fabricante brasileira.



Briga antiga: apesar de não ser uma das partes na ação, a Embraer acumula rusgas com a rival Boeing. A principal delas é a que envolve o acordo de fusão entre as duas.

  • A oferta para comprar a divisão de aviação comercial da brasileira por US$ 4,2 bilhões (US$ 5,2 bilhões hoje, ou R$ 25,8 bilhões) veio em 2017.
  • Ela foi aceita pela empresa e pelo governo brasileiro, que tem poder de voto na companhia.
  • Três anos depois, porém, o negócio foi desfeito pela americana, com a justificativa de que a Embraer não estava cumprindo seus prazos no negócio.
  • O argumento não foi engolido pela fabricante brasileira, que já tinha gasto centenas de milhões de dólares para integrar sua operação à americana.
  • Ela então acionou a Boeing na corte de arbitragem de Nova York, em busca de indenizações.
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