XP lança fundo para investimento em cotas de TV dos clubes do Brasileirão

Newsletter FolhaMercado mostra disputa entre investidores e times por ligas que irão negociar direitos de transmissão

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São Paulo

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A XP Asset e a LCP (Life Capital Partners) anunciaram nesta quinta a criação de um fundo para investimento em direitos de TV dos clubes de futebol do Campeonato Brasileiro.

A LCP é um dos investidores da Liga Forte Futebol (LFF) e da União, que até agora reúnem 26 clubes, entre eles Atlético Mineiro, Cruzeiro, Vasco, Botafogo, Fluminense e Internacional.

Entenda: o fundo Sports Media Futebol Brasileiro Advisory tem aplicação mínima de R$ 10 mil e é voltado a investidores considerados qualificados (com ao menos R$ 1 milhão em patrimônio investido).

  • A ideia é que os cotistas passem a receber uma parte da receita que os clubes do futebol brasileiro têm com direitos de transmissão a partir de 2025.
  • O objetivo do fundo é arrecadar R$ 800 milhões, com meta mínima de R$ 400 milhões, conforme o portal UOL. Se esse valor não for atingido até o final de setembro, o fundo será desfeito.
Câmera de transmissão durante partida entre Corinthians X Independiente Santa Fe - Eduardo Anizelli - 2.mar.2016/Folhapress

A disputa que envolve clubes, bancos e investidores:

Na LFF, estão os investidores LCP e Serengeti. Eles são assessorados pela XP na negociação com os clubes. O contrato prevê o pagamento de R$ 2,6 bilhões aos clubes por 20% dos direitos de TV de 2025 a 2075.

Na Libra (Liga do Futebol Brasileiro), está o Mubadala, fundo ligado à monarquia dos Emirados Árabes, assessorado pelo BTG Pactual. A proposta é de R$ 1,02 bilhão para 12,5% das receitas de TV dos 15 clubes que fazem parte da liga. O período é o mesmo da LFF.

O objetivo dos clubes e também dos investidores era a criação de uma liga única, que tivesse o poder de vender os direitos de transmissão, além de organizar e gerir o campeonato como um negócio. É assim que funciona na Inglaterra e na Espanha.

O que emperra a liga única: os clubes divergem em relação a percentual de divisão de receitas e outros aspectos de governança. Em julho, um grupo dissidente formado por Botafogo, Coritiba, Cruzeiro e Vasco –todos SAFs– criou o União, que também fechou acordo com os investidores da LFF.

Quem está com quem:

LFF
: ABC (RN), Athletico (PR), Atlético Mineiro, América-MG, Atlético Goianiense, Avaí (SC), Brusque (SC), Chapecoense (SC), Coritiba (PR), Ceará, Criciúma (SC), CRB (AL), CSA (AL), Cuiabá (MT), Figueirense (SC), Fluminense (RJ), Fortaleza (CE), Goiás (GO), Internacional (RS), Juventude (RS), Londrina (PR), Náutico (PE), Operário (PR), Sport (PE), Vila Nova (GO) e Tombense (MG).

Libra: Bahia, Corinthians, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo e Vitória.


Bolsa fecha o mês com azedume sobre o fiscal

A Bolsa fechou em forte queda e o dólar subiu nesta quinta, em um reflexo da incerteza entre agentes do mercado sobre a capacidade do governo em cumprir o Orçamento do ano que vem.

Em números: o Ibovespa recuou 1,52%, para 115.741 pontos, enquanto a moeda americana subiu 1,65%, a R$ 4,94.

  • Em agosto, a Bolsa caiu 5,08%, no pior mês desde fevereiro. O dólar acumulou alta de 4,67%, a maior desde junho do ano passado.

O que explica:

Fiscal:
o mercado vê com ceticismo a decisão do governo de manter a meta de déficit zero para 2024 contando com medidas que ainda não foram aprovadas pelo Congresso. O governo enviou nesta quinta o Orçamento do próximo ano para apreciação dos parlamentares.

JCP: o projeto de lei que propõe acabar com os Juros sobre Capital Próprio também pesou nas ações, principalmente nas de bancos. O mecanismo funciona como uma forma de uma empresa remunerar seus acionistas recolhendo menos tributos.


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