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CEO de banco americano larga hobby de DJ em festivais após críticas

David Solomon, do Goldman Sachs, chegou a tocar no Lollapalooza, mas é alvo de questionamentos internos

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São Paulo

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Troca o disco

Acabou a festa. O CEO do Goldman Sachs, um dos principais bancos de investimentos dos EUA, irá encerrar sua carreira alternativa como DJ, em meio a críticas de que ela criava distrações em seu trabalho principal, de acordo com o Financial Times.

Vida dupla: David Solomon, 61, está à frente do banco americano desde 2018. Seu hobby como DJ era visto como uma forma de amenizar sua imagem pública –pelos menos quando as coisas iam bem na firma.

  • Ele chegou inclusive a participar de grandes festivais, como o Lollapalooza em Chicago, em 2022.
Homem careca de fone de ouvidos e camiseta preta toca em equipamento de DJ
David Solomon deixou vida de DJ para seguir apenas como CEO do Goldman - Reprodução

Agora, porém, o tom das críticas contra o CEO aumentou. As reclamações dos executivos do banco estão concentradas em sua estratégia de diversificação de receitas e em decisões sobre bônus.

Um porta-voz do Goldman disse ao Financial Times que Solomon não toca em festivais há mais de um ano. "A música não foi uma distração do trabalho de David. A atenção da mídia que se tornou uma distração", disse o representante.

A julgar pelo balanço de ontem do banco, o CEO terá que trocar de ritmo. O Goldman anunciou queda de 33% do lucro no terceiro trimestre, enquanto seus rivais Bank of America e Bank of New York Mellon registraram resultados bem acima das expectativas do mercado.


Netflix ganha assinantes e limita plano básico no Brasil

A Netflix disse que sua política de restrição ao compartilhamento de senhas resultou em um crescimento de assinantes acima do que ela havia projetado.

No balanço do terceiro trimestre divulgado nesta terça, a líder do streaming também afirmou que irá encerrar o plano básico para novas assinaturas no Brasil e em outros países na próxima semana.

  • Ela disse que a iniciativa impulsionou a adesão nas versões padrão e com anúncios nos países em que a mudança já está valendo – EUA e Reino Unido.
  • O plano básico é o preço mais baixo (R$ 25,90) que um usuário paga por mês para assistir ao conteúdo da Netflix sem anúncios.
  • O com propagandas custa R$ 18,90, o padrão R$ 39,90 e o premium, R$ 59,90.

A empresa não disse se irá alterar os preços no Brasil, mas anunciou aumento nas versões básica (para antigas assinaturas) e premium para EUA, Reino Unido e França.

Em números: a Netflix adicionou 8,8 milhões de assinantes de julho a setembro, com crescimento em todas as regiões. Foi uma alta expressiva em relação aos 2,4 milhões de novos usuários registrados no mesmo período do ano passado.

Ela encerrou o trimestre com 247,15 milhões de assinantes, alta de 8% na receita e de 20% no lucro líquido. O mercado gostou dos resultados, e as ações subiram 12% no pós-mercado.

Por falar em balanço nos EUA, a Tesla também divulgou o dela e decepcionou analistas.

  • A montadora registrou queda de 44% no lucro líquido, muito por causa dos descontos que promoveu para acelerar a venda de carros em meio a um ambiente econômico turbulento.
  • Sua margem operacional caiu de 17,2% no ano anterior para 7,6% agora, número que a coloca próximo de montadoras tradicionais.

Churrasco menos salgado

Os brasileiros podem ver os preços das carnes registrarem neste ano o maior recuo desde o início do Plano Real, em julho de 1994. É o que apontam cálculos de economistas ouvidos pela Folha.

Em números: as carnes registram deflação (queda) de 11,06% no acumulado de 12 meses do IPCA até setembro.

  • Nos cálculos de Santander e LCA Consultores, os preços devem fechar o ano com recuo de 11,35% e 10,75%, respectivamente.

O que explica a queda: ela está relacionada à disparada no preço da carne há alguns anos, que incentivou os produtores a fazerem a retenção de fêmeas para reprodução a partir do final de 2019.

Os cortes que ficaram mais em conta neste ano: fígado (-15,83%), filé-mignon (-15,52%) e a capa de filé (-14,9%).

Sim, mas… A atual queda de preços não compensa a disparada a que os brasileiros tiveram que se acostumar a partir de 2019, quando as exportações bombaram e encareceram o churrasco aqui dentro. Só naquele ano, as carnes subiram 32,4%.

Depois vieram a pandemia e seus efeitos sobre as commodities, que encareceram as matérias-primas para a ração do gado.


Briga elétrica

A enxurrada de carros chineses entre os modelos elétricos vendidos no país já gera um efeito de redução nos preços dos veículos de marcas concorrentes, mostra o colunista Eduardo Sodré.

  • O Peugeot e-2008 foi lançado por R$ 269.990 em novembro de 2022, passou a custar R$ 219.990 em julho e agora sai por R$ 199.990 quando o cliente entrega um carro usado na troca.
  • A Mini reduziu os preços do Cooper SE de R$ 253.990, do ano passado, para os atuais R$ 199.990.

Contra-ataque: de olho nesse avanço, as montadoras brasileiras devem pedir ao governo um plano para taxar a importação de modelos elétricos.

A Anfavea (representante das montadoras) defende o fim da isenção do Imposto de Importação (alíquota de 35%, mas que é zerado para os elétricos) para fabricantes de países que têm legislações ambientais mais permissivas que as normas brasileiras.

A mira é nos carros produzidos na China, país que exige menos investimentos na adequação de suas linhas de montagem à agenda ambiental.

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