Governo espera levantar R$ 93 bilhões em dez leilões de rodovias no ano que vem

Lotes vão contemplar estradas no Paraná, em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rondônia

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São Paulo

O ministro dos Transportes, Renan Filho, prevê que a pasta irá realizar dez leilões no ano que vem, totalizando R$ 93 bilhões em investimentos, de acordo com apresentação feita a investidores nesta quinta-feira (19) na B3, em São Paulo.

Os lotes vão contemplar rodovias no Paraná, em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rondônia, contando com trechos de estradas importantes, como a BR-040, a BR-163 e a BR-262.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, em Brasília
O ministro dos Transportes, Renan Filho, em Brasília - Pedro Ladeira - 23.mar.23/Folhapress

Renan Filho havia dito em julho que o governo deve fazer 35 concessões de rodovias até 2026. Para este ano, estão previstos o leilão da BR-381, em novembro, e o trecho da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora, em dezembro, ambos em Minas Gerais.

Segundo o ministro, o edital da BR-040 será o último de 2023.

O ministério também prevê outras 20 licitações de novas concessões de 2025 a 2026, incluindo rodovias nos estados de Santa Catarina, Bahia, Pernambuco, Maranhão, Pará, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraíba e Ceará.

"Estamos cumprindo o cronograma anunciado", disse o ministro, que afirmou ter boas expectativas para os próximos leilões, após ajustes de modelagem feitos para atrair mais interessados.

"Estamos tentando trazer mais competição aos leilões, reduzindo gradualmente o valor dos investimentos", afirmou. Sem dar detalhes, o ministro também disse que o governo estuda modificar a entrega de envelopes, "para que as pessoas não tenham controle de quem entregou ou não. Serão modernizações necessárias."

Sem querer se identificar, um dos ouvintes disse que o mercado considera otimista o cronograma de 35 projetos, mas que há interesse em investimentos, caso o desenho dos contratos seja adequado.

Em setembro, a pasta fez um leilão do Sistema Rodoviário do Paraná, que teve apenas um interessado —o consórcio Infraestrutura PR, com um contrato de 30 anos e R$ 17,3 bilhões previstos em investimentos.

Com o novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o governo prevê apresentar oportunidades de investimentos que somam R$ 280 bilhões, sendo R$ 185,8 bilhões para estradas e R$ 94,2 bilhões para linhas férreas.

O ministério também afirma estar desenhando novos mecanismos para reduzir os riscos e ampliar a base de investidores privados.

Nos minutos finais do encontro, o ministro conversou com a plateia, formada por investidores e foi questionado por alguns deles. A maioria disse que o contato com o ministério está mais fácil do que no governo anterior, mas também destacou excesso de burocracia com autorizações ambientais.

"O presidente Lula percebeu que só há uma alternativa, que é somar esforços e ampliar os investimentos privados e fortalecer também os investimentos públicos", disse o ministro.

Ele também disse estar otimista com a atração de investimentos nos próximos anos. "O mundo quer investir no Brasil, até pela questão da segurança alimentar, e quer investir pensando na redução da emissão de carbono."

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