Lula define nomes para destravar julgamentos do Cade

Tribunal do órgão estava parado desde o início do mês por falta de quórum mínimo

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Brasília

O presidente Lula (PT) bateu o martelo nesta sexta-feira (17) sobre os quatro nomes que irá indicar para assumir como conselheiros do Tribunal Administrativo do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

São eles: Diego Thomson, atual superintendente-geral adjunto do Cade, José Levi do Amaral, AGU (Advogado Geral da União) durante o governo Jair Bolsonaro (PL) e atualmente secretário-geral da presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Camila Pires Alves, que foi economista-chefe do Cade e Carlos Jacques, consultor do Senado Federal. Os nomes devem ser oficializados nos próximos dias.

As atividades do tribunal do Cade estão paradas desde o começo deste mês por causa da ausência de um quórum mínimo para as votações.

Com o fim do mandato de quatro anos de quatro conselheiros do órgão entre outubro e início de novembro, o tribunal do Cade está com apenas 3 dos 7 conselheiros da sua composição, o que impede a apreciação dos principais processos.

Os nomes precisam ser sabatinados na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e serem aprovados em plenário.

Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva em café da manhã com jornalistas, realizado no Palácio do Planalto, em Brasília. Lula usa paletó marinho, camisa azul e gravata escuta. Está com dedo em riste, enquanto fala.
Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva em café da manhã com jornalistas, realizado no Palácio do Planalto, em Brasília - Evaristo Sá/AFP

Thomson está como superintendente-adjunto desde 2012, mesmo ano em que o atual ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Vinicius de Carvalho, assumiu a presidência da autarquia. Ele é procurador federal da AGU (Advocacia-Geral da União) e foi o procurador junto ao Cade entre 2007 e 2010.

Levi, por sua vez, foi uma indicação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, de quem foi secretário-executivo no Ministério da Justiça durante a presidência de Michel Temer e adotado pelo ministro da Justiça, Flavio Dino, que tenta viabilizar sua ida para a Suprema Corte.

Já a economista Camila Pires Alves foi uma escolha do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Caso aprovada, será a única mulher e também a única economista —o colegiado da autoridade antitruste é tradicionalmente composto por pessoas do direito e da economia.

Jacques é ligado ao atual superintendente-geral do Cade, Alexandre Barreto, e participou da elaboração da lei que criou a autarquia nos moldes atuais.

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