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PIB perde força, a startup brasileira escolhida pela Microsoft e o que importa no mercado

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São Paulo

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Microsoft escolhe brasileira Mombak

A Microsoft vai comprar até 1,5 milhão de créditos de remoção de carbono que serão gerados pela startup brasileira Mombak.

Esse é o maior acordo do tipo já negociado pela big tech e envolveu dois anos de discussão e aconselhamento antes de ser fechado. Os valores da transação não foram divulgados.

Entenda: a compra feita pela Microsoft está inserida no mercado voluntário de carbono, aquele em que as empresas optam por aderir não para cumprir uma determinada lei, mas para prestar contas com seus acionistas e a sociedade.

A Mombak: fundada em 2021 por Gabriel Silva, ex-diretor financeiro do Nubank, e Peter Fernandez, ex-CEO da 99, a startup gera créditos de carbono a partir de seus projetos de reflorestamento da Amazônia.

  • Ela compra terras degradadas de fazendeiros e pecuaristas ou faz parceria com eles para replantar espécies nativas na Amazônia.
  • A prática foi uma das razões que motivaram a escolha da Microsoft pela startup brasileira, em vez de empresas de projetos de compensações, que geram créditos mantendo as árvores em pé.

Em agosto, a Mombak anunciou ter acertado um financiamento de US$ 49 milhões com a seguradora francesa Axa para financiar o reflorestamento de mais de 10 mil hectares de pastagens degradadas, que devem gerar até 6 milhões de créditos de carbono.


PIB reduz a marcha

O PIB do Brasil perdeu força no terceiro trimestre, com uma variação positiva de 0,1% ante os três meses anteriores.

O resultado, porém, novamente veio acima das projeções dos analistas do mercado, que esperavam contração de 0,3% para o período.

  • Veja aqui o desempenho da economia de diversos países no 3º trimestre deste ano.

Quatro pontos para entender o PIB do 3º tri:

↳ 1 - Consumo das famílias: é o principal indicador na parte da demanda e subiu 1,1% mesmo após um avanço de 0,9% no tri anterior.

  • O que explica: o resultado positivo foi puxado pela força do mercado de trabalho e pelas transferências de programas sociais do governo.

2 - Investimentos: medidos pela FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo), caíram 2,5% no terceiro trimestre. Foi a quarta baixa consecutiva do componente, que serve para medir o apetite da indústria produtiva brasileira.

  • O que explica: os juros altos seguem como um inibidor de investimentos. Incertezas em relação à Reforma Tributária e outros projetos em tramitação no Congresso também pesam.

3 - No lado da oferta, os serviços e a indústria cresceram 0,6% cada um, enquanto o agro recuou 3,3% depois de dois bons trimestres marcados pela safra da soja. De janeiro a setembro, o PIB do campo salta 18,1%.

  • O que explica: nos serviços, a alta foi disseminada entre os componentes, enquanto na indústria ela ficou concentrada nos setores ligados ao crescimento de consumo de energia.

4 - Repercussão:

  • Analistas esperam um desempenho da economia em leve queda ou estável no último trimestre, o que deve fazer o país crescer perto de 3% neste ano.

STF volta a negar vínculo de motorista com app

A Primeira Turma do STF negou, por unanimidade, o reconhecimento do vínculo de emprego entre um motorista e um aplicativo de transportes.

O caso: o Supremo julgou um recurso da empresa Cabify a uma decisão do TRT-3 (Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região), de Minas Gerais, que havia determinado que a carteira de trabalho do motorista fosse assinada, como as regras previstas na CLT.

  • A empresa nem atua mais no Brasil, tendo saído do país em 2021, sob os efeitos da pandemia.

A decisão: o relator, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que os motoristas do aplicativo têm liberdade para aceitar a corrida que desejarem e fazer o seu horário de trabalho, além de poder atuar em outras funções.

  • O voto foi seguido pelos ministros Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Cabe recurso à decisão.

O recado: Moraes disse que, com o julgamento destes casos, os ministros "voltaram à discussão da reiterada desobediência e descumprimento pela Justiça do Trabalho das decisões do STF".

  • Os ministros encaminharam outro caso semelhante, envolvendo um motorista e o Rappi, para o plenário.
  • O objetivo é firmar um entendimento sobre o assunto e evitar que mais queixas do tipo cheguem ao Supremo.

Enquanto isso… O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que há "dificuldades" para concluir a redação do projeto de lei que regulamenta atuação de motoristas e entregadores de aplicativos.

  • Ele disse que não há acordo em relação aos entregadores, porque o governo considera os valores propostos pelas empresas como inaceitáveis

Santander se junta à corrida da conta global

O Santander Brasil é o mais novo bancão a entrar no segmento de conta internacional para clientes.

Batizada de Select Global, ela oferece a compra de dólar comercial e a emissão de um cartão de débito Mastercard que pode ser utilizado no exterior.

Para quem serve: principalmente para brasileiros que desejam fazer compras no exterior ou transferir dinheiro daqui para lá.

  • O principal benefício é o IOF reduzido de 5,38% para 1,1%, pela transferência envolver contas de mesma titularidade.
  • Outro atrativo é na compra da moeda estrangeira aqui no Brasil. As casas de câmbio vendem a divisa turismo, a um preço maior que a comercial –a conversão usada nas contas globais.

Quem está na jogada: bancões como Banco do Brasil, Bradesco e Itaú –por meio da Avenue–, corretoras como XP e BTG Pactual, e fintechs –C6, Inter, Nomad, Wise, Braza etc.

Algumas dessas instituições também oferecem a possibilidade de investir lá fora, em ativos como Bolsa e renda fixa.

Em números:

  • US$ 3,64 bilhões (R$ 17,7 bilhões) foi o valor gasto por brasileiros com compras no cartão no exterior no terceiro trimestre deste ano;
  • 36,5% foi a alta desse tipo de despesa em relação ao mesmo período de 2022, segundo dados da Abecs, que representa as empresas de meios eletrônicos de pagamento.
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