Se der para zerar déficit, ótimo; se não der, ótimo também, diz Lula

Em entrevista em MG, presidente reconheceu que a discussão sobre a meta fiscal o incomoda e comentou sobre a desoneração da folha de pagamento

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Reuters

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (8) que será ótimo se for possível cumprir a meta estabelecida pelo governo de zerar o déficit primário neste ano, mas que, se isso não ocorrer, estará ótimo também.

Em entrevista à Rádio Itatiaia, durante visita a Minas Gerais nesta quinta, Lula disse reconheceu que a discussão sobre a meta fiscal aparece com frequência, mas que ele não gosta quando esse debate aparece.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto - Adriano Machado -31.jan.24/REUTERS

"Essa é uma discussão que de vez em quanto aparece e eu não gosto que ela apareça. Você gasta o quanto você arrecada", disse Lula. "Se der para fazer superávit zero, ótimo. Se não der, ótimo também."

Na entrevista, o presidente também comentou sobre a desoneração da folha de pagamento de 17 setores e disse que o Congresso não colocou nenhuma contrapartida à renovação da medida a ser dado pelos empresários quando a aprovou. Lula disse que ainda é preciso encontrar uma solução para esta questão.

A declaração de Lula ocorre em meio a um embate entre Executivo e Legislativo sobre a renovação, aprovada pelo Congresso, vetada pelo presidente, mas mantida com a derrubada do veto pelos parlamentares.

Integrantes de 17 frentes parlamentares —como a do empreendedorismo e a da agropecuária— divulgaram nesta terça-feira (6) manifesto pela devolução ao Executivo da MP (medida provisória) que reonera a folha de pagamentos.

Como alternativa, caso o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não a devolva, o grupo defende que o texto seja pautado logo pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para que seja rejeitado em votação.

Congressistas têm defendido que a reoneração da folha de pagamento e a diminuição da compensação tributária de municípios sejam discutidas com o Congresso por meio de um projeto de lei com urgência constitucional —que dá a cada uma das Casas o prazo de 45 dias para análise.

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