O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, defendeu na noite desta terça-feira (30) as ações do governo federal, em particular a geração de empregos, a valorização do salário mínimo e a política de igualdade salarial entre homens e mulheres.
Marinho também afirmou que a reforma tributária, cuja proposta de regulamentação foi enviada ao Congresso Nacional na semana passada, vai baratear os preços dos alimentos. E criticou novamente a precarização do trabalho.
Marinho fez um pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, por ocasião do Dia do Trabalho.
"No Brasil, este 1º de maio é também um dia de festa. Dia de comemorar a geração recorde de empregos com carteira assinada. Nos primeiros três meses desse ano, geramos 720 mil empregos, 34% a mais do que o mesmo período do ano passado", afirmou o ministro.
"Desde o início do nosso governo já foram 2 milhões e 190 mil novos empregos com carteira assinada", completou.
O ministro também exaltou a valorização do salário mínimo, cuja nova política havia sido anunciada no ano passado, justamente às vésperas do Dia do Trabalho. E reforçou o compromisso do governo de elevar até R$ 5 mil a faixa de isenção de Imposto de Renda, até o fim do mandato.
Marinho também criticou as previsões pessimistas dos "especialistas do mercado", afirmando que os trabalhadores não deram atenção para essas estimativas e fizeram a economia crescer.
Marinho também exaltou o projeto de lei encaminhado ao Congresso Nacional, que busca regulamentar a atividade de motorista de aplicativo. A proposta, desde que foi anunciada, em um evento no Palácio do Planalto, vem enfrentando resistência da categoria e também na Câmara dos Deputados.
"A proposta que encaminhamos ao Congresso, com garantia de direitos trabalhistas e previdenciários para os motoristas de aplicativos, sem que eles precisem renunciar à sua autonomia", afirmou o ministro.
Luiz Marinho também usou a sua fala para criticar a precarização do trabalho e defendeu a valorização dos trabalhadores, em meio ao avanço da tecnologia --
"Mas não basta aumentar a oferta de empregos. É preciso lutar contra a precarização do trabalho, no Brasil e em todas as partes do mundo", afirmou o ministro, relembrando a parceria firmada entre Lula e o presidente americano, Joe Biden.
"Porque não são as máquinas, não é o dinheiro, não são os aplicativos, os algoritmos ou a Inteligência Artificial. São vocês, homens e mulheres de carne e osso, que fazem valer cada gota do seu suor. E que merecem a parte justa da riqueza que produzem", conclui o ministro.
No ano passado, pronunciamento ficou a cargo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que havia utilizado a cadeia de rádio e televisão pela primeira vez em seu terceiro mandato.
Na ocasião, o mandatário confirmou a elevação do salário mínimo para R$ 1.320, além do envio de uma nova proposta para a política de reajustes do piso nacional. Ou seja, havia resgatado a tradição dos governos petistas de anunciar reajustes do mínimo nessa época do ano.
O presidente também confirmou a elevação da faixa de isenção de Imposto de Renda para R$ 2.640 e reafirmou o compromisso de seu governo de elevar gradualmente essa faixa de isenção até R$ 5.000 até o fim do seu mandato.
Interlocutores apontam que o pronunciamento não foi feito pelo presidente, pois não houve nenhuma medida nova e de impacto para ser anunciada. Lula também vem pedindo a seus ministros que assumam mais a responsabilidade de divulgar e defender as ações do governo.
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