Governo está perto de alcançar equilíbrio fiscal, diz Durigan

Em entrevista a Miriam Leitão, secretário executivo do Ministério da Fazenda reafirmou possibilidade de crescimento do PIB além de 2,5%

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São Paulo

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou nesta quarta-feira (14) que o governo está próximo de cumprir a meta de equilíbrio fiscal nas contas públicas este ano.

Em entrevista à jornalista Miriam Leitão, na Globonews, ele disse que, para isso, é fundamental o pacote discutido com o Senado para compensar a perda de arrecadação com a desoneração de empresas e municípios.

Segundo ele, o acordo com o Senado em torno do pacote está prestes a ser fechado.

Dario Durigan na abertura de seminário sobre políticas industriais do CNI - Gabriela Biló - 6.ago.2024/Folhapress

O governo cedeu e decidiu deixar de fora o aumento na CSLL (Contribuição Social Sobre Lucro Líquido), tributo que incide sobre o lucro das empresas. No entanto, de acordo com Durigan, outras medidas que fazem parte do esforço para aumentar a arrecadação permitirão o equilíbrio das contas.

O secretário executivo citou um programa de pagamento de dívidas de empresas com as agências reguladoras, e também medidas para repatriar ativos do exterior e atualização de imóveis em cartórios, com ofertas de descontos.

Durigan reafirmou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, gostaria de ter alcançado o equilíbrio fiscal em 2023, mas reconheceu que os conflitos de interesses levam tempo para serem resolvidos.

Ele disse ainda ter certeza do cumprimento do arcabouço fiscal, apesar de admitir a existência da pressão de despesas obrigatórias.

O secretário reafirmou a possibilidade de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para além dos atuais 2,5% projetados pelo governo, como já havia declarado Haddad.

Citou resultados melhores do que o esperado na recuperação econômica do Rio Grande do Sul, após as enchentes deste ano, e o bom desempenho do setor de serviços.

"A gente gostaria de mais crescimento. Mas os últimos dez anos foram muito difíceis para o nosso país", afirmou.

O número 2 da Fazenda evitou dar opinião sobre um aumento da taxa de juros para controlar a inflação. Ressaltou que essa é uma atribuição do Banco Central, mas destacou a importância da meta contínua de inflação de 3%.

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