Policial que fazia segurança de escola atacada na Flórida pede demissão

Para chefe, agente deveria ter entrado no prédio para impedir que atirador matasse 17

Mulher chora ao visitar o memorial das vítimas do ataque a tiros à escola Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, na Flórida
Mulher chora ao visitar o memorial das vítimas do ataque a tiros à escola Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, na Flórida - Joe Raedle/Getty Images/AFP
Parkland (EUA) | Reuters e Associated Press

O policial armado que fazia a segurança da escola invadida por um ex-aluno que matou 17 pessoas na Flórida pediu demissão após não impedir o massacre, informou nesta quinta-feira (22) a polícia do condado de Broward.

O iniciante Scot Peterson era o único agente presente nos seis minutos em que Nikolas Cruz, 19, abriu fogo dentro do prédio que abrigava as salas dos alunos do primeiro ano do ensino médio da Marjory Stoneman Douglas.

Segundo o chefe da polícia, Scott Israel, um vídeo mostra que Peterson chegou ao local no primeiro minuto da ação, mas manteve posição de guarda nos minutos seguintes, só entrando na construção depois que o atirador fugiu.

Israel disse que só divulgará as imagens “dependendo da acusação e do inquérito” contra Cruz, mas considerou que o policial agiu de forma errada. “Ele deveria ter entrado, abordado o assassino e matar o assassino.”

O chefe policial disse ter decidido pela suspensão o subordinado, mas Peterson apresentou a renúncia antes. Outros dois agentes que receberam ligações contra o atirador nos últimos anos foram afastados para investigações.

Entre fevereiro de 2016 e novembro de 2017 diversas pessoas, incluindo vizinhos, telefonaram para a polícia para relatar comportamentos anômalos do ex-estudante —uma delas teria dito que ele planejava atacar uma escola.

As declarações foram feitas após Israel assistir a um dos funerais das vítimas. “Não há palavras. Digo, estas famílias perderam seus filhos. Fui aos funerais, fui às suas casas, onde estão enlutadas. Não há palavras.”

Nikolas Cruz, que confessou o ataque a tiros, está preso e foi indiciado por homicídio doloso. A defesa, registros da polícia e conhecidos disseram que ele teve problemas de comportamento nos últimos anos.

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