Equador diz que jornalistas foram mortos em território colombiano

Repórter, fotógrafo e motorista foram mortos por dissidentes das Farc na região de fronteira

Pessoas aparecem em duas filas, uma em frente à outra; no meio, flores brancas, amarelas e rosas aparecem depositadas no chão; ao fundo, duas pessoas seguram um cartaz com fotos dos três mortos e a expressão "nos faltam três"
Colegas dos membros da equipe de reportagem do jornal El Comercio que foram mortos por dissidentes das Farc fazem homenagem na praça dos Jornalistas, em Quito - Cristina Vega - 14.abr.18/AFP
Quito e Bogotá

O governo do Equador afirmou neste domingo (15) que os jornalistas sequestrados por rebeldes dissidentes das Farc foram assassinados em território colombiano e que seus corpos continuam lá.

A declaração do ministro do Interior, César Navas, a uma emissora colombiana aumenta a tensão entre os países.

O jornalista Javier Ortega, 32, o fotógrafo Paúl Rivas, 45, e o motorista Efraín Segarra, 60, do jornal El Comercio de Quito, foram sequestrados por guerrilheiros dissidentes das Farc.

Em cativeiro e acorrentados, foram executados a tiros, de acordo com fotos divulgadas pelos sequestradores. Os corpos não foram recuperados.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, disse que eles foram sequestrados e assassinados no Equador.

As versões entre governos diferem também em relação à nacionalidade do responsável pelas mortes, apelidado de Guacho, líder da Frente Oliver Sinisterra. Quito diz que ele é colombiano e Bogotá, que é equatoriano.

Após confirmarem na sexta (13) as mortes, Equador e Colômbia lançaram ofensiva militar para capturar Guacho. Até este domingo, sete pessoas ligadas ao grupo tinham sido detidas.

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