Justiça peruana ordena que ex-presidente Humala seja libertado

Preso com a mulher há nove meses, ele deve aguardar julgamento em liberdade, decide tribunal

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Lima | AFP

O Tribunal Constitucional do Peru revogou, nesta quinta-feira (26), a prisão preventiva do ex-presidente Ollanta Humala e sua mulher, e ordenou que eles sejam liberados da prisão. 

Assim, ele deve aguardar em liberdade o julgamento do processo em que é acusado de ter recebido irregularmente dinheiro da brasileira Odebrecht para sua campanha, informou seu advogado.

"O Tribunal Constitucional concordou, por decisão majoritária, aceitar o habeas corpus apresentado pela defesa do ex-presidente", anunciou o presidente do colegiado, Ernesto Blume. 

O casal será libertado antes do final de semana, segundo fontes judiciais. 

"Amigos, conseguimos! O TC decidiu a favor do habeas corpus de Ollanta Humala e Nadine Heredia e eles serão libertados", disse César Nakazaki, advogado do casal.

"Os julgamentos serão enfrentados em liberdade", afirmou ele.

Humala, 55, e sua mulher, Nadine Heredia, 41, estão presos há mais de nove meses a pedido da Procuradoria, que recolheu informações e provas para acusá-los de lavagem de dinheiro por terem recebido US$ 3 milhões (R$ 10,4 milhões) da empreiteira brasileira para a campanha eleitoral de 2011.

O casal apresentou neste ano um habeas corpus para enfrentar o processo em liberdade.

O juiz do caso, Richard Concepción Carhuancho, ordenou 18 meses de prisão preventiva contra ambos em julho passado, enquanto a investigação avançava. 

O ex-presidente de esquerda está detido em um quartel da polícia no leste de Lima, enquanto sua mulher permanece em uma prisão feminina ao sul da capital. Ambos  receberam a notícia da libertação quando celebravam o aniversário de sua filha mais velha, no quartel onde está o ex-presidente.

Humala governou o Peru de 2011 a 2016 e é um dos quatro ex-presidentes do país investigados pelo escândalo de corrupção com a Odebrecht, mas o único que foi preso. 

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