Itália barra navio humanitário com mais de 600 imigrantes

Decisão faz parte da política do novo governo de deter o fluxo de entrada no país

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O ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, que também é líder do partido Liga
O ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, que também é líder do partido Liga - Riccardo Antimiani - 14.mai.2018/Ansa/Associated Press
Roma | Reuters

A Itália vai se recusar a deixar um navio humanitário com mais de 600 imigrantes atracar em qualquer um dos seus portos e pediu à ilha de Malta que abra suas portas para a embarcação, disse o governo neste domingo (10).

Malta rejeitou o pedido, dizendo que não tem nada a ver com a operação de resgate, abrindo a perspectiva de uma disputa diplomática entre os dois aliados da União Europeia.

A decisão do novo ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, que também é líder da Liga (direita) e conhecido por suas posições anti-imigração, representa uma jogada para cumprir suas promessas eleitorais de deter o fluxo de imigrantes entrando no país.

“Malta não acolhe ninguém. A França empurra as pessoas de volta à fronteira, a Espanha defende sua fronteira com armas”, escreveu Salvini em rede social. “A partir de hoje, a Itália também começará a dizer não ao tráfico humano, não ao negócio da imigração ilegal.”

“Meu objetivo é garantir uma vida pacífica para esses jovens na África e para nossos filhos na Itália”, completou o ministro.

A instituição de caridade europeia SOS Mediterranee disse no começo deste domingo que seu barco de resgate Aquarius já havia resgatado 629 imigrantes, incluindo 123 menores desacompanhados, 11 outras crianças e sete mulheres grávidas.

O novo governo italiano, liderado pela coalizão entre Liga e o Movimento 5 Estrelas (crítico ao sistema político italiano), tem uma agenda que prevê cortes de impostos e um aumento de gastos sociais e propõe uma reforma das regras europeias de orçamento e de imigração.

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