Forças pró-Assad hasteiam bandeira síria nas Colinas de Golã

Damasco busca recuperar controle de área estratégica que faz fronteira com Israel e Jordânia

Bandeiras da Síria e do partido Baath foram hasteadas em Quneitra, no lado sírio das Colinas de Golã - Ammar Awad/Reuters
Colinas de Golã | Reuters e AFP

Forças pró-Assad hastearam bandeiras da Síria nesta quinta-feira (26) na cidade de Quneitra, no lado sírio das Colinas de Golã, território estratégico que faz fronteira com Israel e a Jordânia. 

Homens uniformizados levantaram ainda a bandeira do partido Baath na cidade. 

Segundo o jornal Al-Watan (pró-governo), "as tropas hastearam a bandeira na passagem de Quneitra, a poucas dezenas de metros das tropas inimigas israelenses".

O Observatório Sírio de Direitos Humanos disse que as forças sírias entraram na zona tampão que separa o território sírio da área anexada por Israel. 

"Forças do regime hastearam a bandeira síria no posto de passagem de Quneitra, o principal ponto de fronteira com Golã ocupado, cerca de quatro anos depois de perder controle da área", afirmou o chefe do observatório, ​Rami Abdel Rahman.

Forças do ditador sírio, Bashar  al-Assad, com apoio aéreo da Rússia, têm avançado em direção à província de Quneitra depois que uma ofensiva no mês passado expulsou rebeldes da vizinha Deraa.

Damasco busca recuperar o controle de Golã como uma grande vitória sobre os rebeldes, que aceitaram termos para uma rendição. O Exército ainda está combatendo uma facção do Estado Islâmico na região. 

Israel teme que Assad possa desafiar um armistício de 1974 que desmilitarizou parte de Golã, ou possa permitir que forças do Hizbullah libanês ou iranianas se movam para lá.

Israel capturou Golã da Síria em 1967, após a Guerra de Seis Dias. 

Na semana passada, o Exército israelense evacuou centenas de membros do Capacetes Brancos (White Helmets), uma organização síria de voluntários, de Golã e os transportou para a Jordânia. 

Essa foi a primeira intervenção israelense na guerra civil síria, que está em seu oitavo ano. A Jordânia confirmou que 800 cidadãos sírios entraram em seu território para serem reassentados em países ocidentais.

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