O Twitter anunciou nesta quinta-feira (6) que vetou de maneira definitiva de sua plataforma o ativista conservador Alex Jones e o site que ele comanda, o InfoWars, conhecidos por defenderem teorias da conspiração. 

"Hoje suspendemos de forma permanente @realalexjones e @infowars do Twitter e do Periscope", informou a rede social. 

"Tomamos essa atitude com base em denúncias por tuítes e vídeos publicados ontem que violam a nossa política contra os comportamentos abusivos, somados às infrações passadas dessas contas", explicou a plataforma. Juntas, as duas contas tinham quase 900 mil seguidores. 

A decisão da plataforma foi tomada um dia depois do Departamento de Justiça dos EUA ter anunciado que estuda uma possível ação legal contra grandes empresas de tecnologia —como o próprio Twitter, o Google e o Facebbok— por violação da liberdade de expressão.  

Há poucos dias, o presidente americano Donald Trump acusou as companhias de censurarem vozes conservadoras e apoiadores de seu governo, o que as empresas negam. O republicano não apresentou provas de sua afirmação. 

O Twitter vinha resistindo aos pedidos de banir Jones, embora no mês passado o tenha suspendido durante uma semana. 

Apple e Facebook já tinham excluído as contas ligadas a Jones, uma personalidade midiática de extrema direita que virou celebridade graças às suas teorias da conspiração sobre o ataque a tiros à escola Sandy Hook, em dezembro de 2012.

Desde que Adam Lanza matou 26 pessoas, incluindo 20 crianças, na instituição de Newtown, no estado de Connecticut, Jones afirmou em repetidas ocasiões que o crime foi uma encenação e que os pais das crianças eram atores.

Várias famílias de vítimas assassinadas processaram a celebridade, acusando-o de propagar teorias para aumentar sua audiência e seus rendimentos.

O texano, de 44 anos, evocou várias outras teorias da conspiração, segundo as quais o governo americano teria ordenado vários ataques terroristas como os de 11 de setembro.