Após semanas de negociações tensas, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos concordou nesta segunda (10) em fornecer ao Congresso algumas das principais evidências coletadas pela investigação conduzida pelo procurador especial Robert Mueller.
De acordo com parlamentares que integram o comitê judicial da Câmara dos Deputados, o material poderia esclarecer episódios em que o presidente dos EUA, Donald Trump, supostamente teria cometido abuso de poder e obstrução da Justiça.
A investigação conduzida pelo procurador especial buscou determinar se houve interferência da Rússia nas eleições de 2016, e se Donald Trump teria obstruído a Justiça ao tentar impedir o inquérito sobre o papel do Kremlin no pleito.
Não se sabe ainda quais informações o departamento fornecerá exatamente. No entanto, o comitê sinalizou que o acordo entre os dois órgãos representava um progresso significativo após semanas de impasse.
Os congressistas chegaram a intimar a pasta a apresentar o material —uma prerrogativa legal do comitê—, mas a ordem não foi cumprida.
Desde que Mueller entregou seu relatório de mais de 400 páginas ao secretário de Justiça, William Barr, no fim de maio, a Câmara dos Deputados, dominada pela oposição democrata, trava uma batalha política para ter acesso à versão integral do documento.
Até o momento, os deputados puderam ler o relatório com trechos suprimidos por Barr, além de
um resumo do secretário que, segundo o próprio Mueller, distorceu algumas de suas conclusões.
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