Descrição de chapéu Governo Trump

Depoimento de procurador que investigou interferência russa nas eleições dos EUA é adiado

Audiência de Robert Mueller passou de 17 para 24 de julho; legisladores terão mais tempo para questioná-lo

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Washington | AFP e Reuters

O depoimento agendado para a próxima semana no Congresso dos Estados Unidos do procurador especial Robert Mueller sobre a interferência russa nas eleições presidenciais americanas de 2016 foi adiado em uma semana.

Mueller testemunharia perante dois comitês da Câmara dos Deputados em 17 de julho, mas seu depoimento foi remarcado para o dia 24. A razão para o adiamento foi a duração das audiências, ou seja, o tempo que os legisladores terão disponível para questionar o procurador.

Cada comitê —o Judiciário e o de Inteligência— teria duas horas para sabatiná-lo, caso o depoimento acontecesse na data inicialmente prevista. Mas Mueller concordou em testemunhar por "períodos prolongados", disse o presidente do Comitê Judiciário da Câmara, Jerrold Nadler, e o presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, Adam Schiff.

Com a nova data, a duração da audiência para o comitê Judiciário será de três horas. O tempo alocado para o colegiado de Inteligência, contudo, ainda não foi divulgado.​

O conselheiro especial Robert Mueller - Mandel Ngan/AFP

A investigação conduzida pelo procurador especial buscou determinar se houve interferência da Rússia no pleito que elegeu Donald Trump e se o presidente teria obstruído a Justiça ao tentar impedir o inquérito sobre o papel do Kremlin na eleição. O relatório foi finalizado em março, após mais de dois anos de investigação.

O documento trazia diversos casos de contato entre a equipe da campanha de Trump e a Rússia, mas concluiu que não havia motivos para prestar acusações de conspiração contra o presidente. Mueller revelou ainda que Trump tentou obstruir a investigação dez vezes, mas se absteve de recomendar ações criminais contra o presidente.

Após a resolução, Trump argumentou que a evidência de sua inocência era clara, enquanto opositores democratas do Congresso pediam mais investigações e inclusive seu impeachment, já que o documento denunciava atos criminosos.

Em 29 de maio, Mueller explicou que não havia eximido Donald Trump de culpa de obstrução à justiça, mas que o Departamento de Justiça lhe impediu de acusar o presidente.

Na sexta-feira (12), a congressista democrata Jerry Nadler, presidente do Comitê Judicial, anunciou que o comitê está considerando começar um processo de "impeachment", mas que ainda não havia tomado uma decisão final.

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