O presidente americano, Donald Trump, intensificou seus ataques a deputadas democratas chamando-as de não americanas em um comício nesta quarta-feira (17) em Greenville, no estado da Carolina do Norte.
Enquanto Trump discursava sobre comentários feitos no passado por Ilhan Omar (representante de Minnesota), o público entoou gritos de "mande-a de volta!", uma referência ao fato de Omar ter nascido na Somália, embora tenha se mudado para os EUA em 1992 e obtido a cidadania americana em 2000.
"Essas congressistas, os comentários delas estão ajudando a inflamar o surgimento de uma esquerda perigosa", disse Trump.
O presidente também afirmou que as deputadas, todas pertencentes a minorias étnicas, deveriam deixar o país se discordassem de suas políticas para imigração e de sua defesa de Israel.
"Nesta noite, eu tenho uma sugestão para as extremistas cheias de ódio que estão constantemente tentando destruir o nosso país. Elas nunca têm nada de bom para dizer. Por isso eu digo: Se elas não gostam, deixem-nas ir embora."
Na terça (16), a Câmara dos Deputados aprovou uma moção de repúdio contra o presidente pelos comentários racistas que fez sobre um grupo de quatro parlamentares democratas no domingo (14).
Em um tuíte, Trump disse às parlamentares para voltarem aos "países totalmente infestados pela criminalidade de onde vêm". Todas são cidadãs americanas.
Embora não tenha mencionado nomes, o presidente se referia a Alexandria Ocasio-Cortez, de Nova York, Rashida Tlaib, de Michigan e Ayanna Pressley, de Massachusetts, além de Omar —grupo conhecido como "o esquadrão", que tem sido muito crítico ao presidente dos Estados Unidos e também à atual liderança democrata da Câmara.
Ocasio-Cortez tem ascendência porto-riquenha; Tlaib, palestina; e Pressley é afro-americana.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.