A Justiça sueca anunciou nesta terça-feira (19) que arquivará o caso contra Julian Assange, fundador do Wikileaks, acusado por uma mulher de um ataque sexual que teria ocorrido em 2010.
"Todos os recursos da investigação foram esgotados sem evidências claras de uma acusação formal", disse a vice-procuradora-geral Eva-Marie Persson.
Se a parte civil não recorrer dessa decisão, cerca de dez anos de investigação serão encerrados.
A autora da ação, que na época dos eventos tinha cerca de 30 anos, acusou o australiano de ter mantido relações sexuais sem uso de preservativo enquanto ela dormia, apesar de ter rejeitado qualquer relação desprotegida em várias ocasiões.
Assange, atualmente com 48 anos, sempre negou as acusações.
Em 2012, o fundador do site Wikileaks, então investigado na Suécia por este caso, refugiou-se na embaixada do Equador em Londres para evitar a extradição para esse país ou para os Estados Unidos, onde é acusado de hackear documentos secretos.
O governo dos EUA o acusa de conspirar para invadir computadores do governo americano e de violar a lei de espionagem. Assange e WikiLeaks foram responsáveis por um enorme vazamento de documentos confidenciais americanos em 2010.
Após viver por sete anos na representação diplomática, ele foi retirado de lá e preso pela polícia britânica em 11 de abril, com o consentimento do governo do Equador.
Ele foi imediatamente preso e condenado pela Justiça britânica a 50 semanas de prisão em 1º de maio por violar as condições de sua liberdade provisória.
A investigação sueca foi reaberta após sua prisão. Os eventos supostamente imputados a Assange nesse caso prescrevem em agosto de 2020.
Assange também é alvo de um pedido de extradição dos EUA, em análise pelas autoridades britânicas. A decisão deve ser proferida em fevereiro de 2020.
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