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Província chinesa onde surgiu coronavírus anuncia fim do confinamento

Em Hubei, habitantes poderão voltar a circular livremente a partir desta quarta (25)

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Berço da pandemia da Covid-19, a província de Hubei se prepara para sair da quarentena.

A partir desta quarta-feira (25), os moradores da região já poderão circular livremente, segundo decisão anunciada pelas autoridades chinesas.

No entanto, os habitantes de Wuhan, cidade onde foi detectado o novo coronavírus e que desde janeiro está sob confinamento, devem esperar até 8 de abril para sair normalmente às ruas.

O governo chinês estabeleceu que, para circular, os moradores deverão apresentar um código QR (código de barras bidimensional) "verde" em seus telefones celulares. Enviado pelas autoridades, o código atesta que a pessoa não é portadora do novo coronavírus.

Nas últimas semanas, o número de novas contaminações na província de Hubei foi reduzido consideravelmente. Muitos habitantes já retomaram a rotina de trabalho, e os transportes públicos voltam a funcionar aos poucos.

Agente confere código que mostra estado de saúde de habitante em rodovia em Wuhan, na próvíncia de Hubei
Agente confere código que mostra estado de saúde de habitante em rodovia em Wuhan, na província de Hubei - Li He/Xinhua

Uma moradora de Wuhan que se identificou apenas como Willa para a agência de notícias AFP declarou esperar com impaciência a liberdade. Segundo ela, depois de dois meses confinados, os moradores da cidades estão sob forte pressão.

Na terça-feira (24), a China contabilizou 78 novos casos da Covid-19, mas quase que exclusivamente identificados em pessoas vindas do exterior. Essa situação gera preocupação de uma segunda onda de contágio no país.

A situação da província de Hubei contrasta com a de muitas outras regiões do mundo, onde diversos governos aumentam as restrições de circulação para evitar a propagação do novo coronavírus.

Atualmente, cerca de 1,8 bilhão de pessoas estão em quarentena ao redor do mundo e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a pandemia da Covid-19 se acelera, com 16 mil mortes confirmadas.

A OMS pede que os países testem todos os casos suspeitos e multipliquem os pedidos de quarentena. O apelo leva em conta o fato de que sistemas de saúde, inclusive em países desenvolvidos, estão à beira de um colapso.

Depois de muita hesitação, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou nesta segunda-feira (23) um confinamento de pelo menos três semanas em todo o Reino Unido. Na Rússia, entra em vigor nesta semana o fechamento de todas as escolas do país.

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