O governo da Coreia do Norte entregou pacotes de alimentos e equipamentos médicos para residentes de Kaesong, perto da fronteira com a Coreia do Sul, depois de impor um bloqueio na cidade devido à preocupação com a disseminação do coronavírus, informou a mídia estatal neste domingo (9).
O ditador norte-coreano, Kim Jong-un, declarou emergência e impôs quarentena na pequena cidade fronteiriça no mês passado, após um jovem, que desertou para a Coreia do Sul em 2017, cruzar a fronteira e voltar para Kaesong apresentando sintomas de Covid-19.
Pyongyang não confirmou nenhuma infecção por coronavírus no país, enquanto fornece alimentos, kits de teste e outros equipamentos médicos para Kaesong. A televisão estatal mostrou no domingo um trem chegando à estação da cidade e caminhões entregando suprimentos aos residentes.
Separadamente, centenas de pessoas com máscaras e sentadas distantes umas das outras se reuniram em um auditório do partido para agradecer às autoridades pelo auxílio, com algumas desatando a chorar, mostrou a filmagem.
A KCNA, agência de notícias oficial, disse que os carregamentos chegaram na sexta-feira (7), para ajudar os residentes a lidar com o "lockdown", que "pode levar a um desastre mortal e destrutivo".
A Coreia do Norte não confirmou formalmente que o homem que voltou ao país recebeu diagnóstico de coronavírus. Autoridades de Seul disseram que o rapaz de 24 anos retornou para o Norte após enfrentar uma investigação de agressão sexual no Sul.
Autoridades de saúde sul-coreanas afirmaram que não havia sinal de que ele estava infectado antes de cruzar a fronteira, e pelo menos duas pessoas que estavam em contato com ele tiveram resultado negativo. A Coreia do Sul confirmou 14.598 casos e 305 mortes por Covid-19 até este domingo.
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