Trump faz primeira aparição na TV após ter alta do hospital

Nos jardins da Casa Branca, presidente não tossiu nem apresentou dificuldade para respirar

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São Paulo

O presidente americano, Donald Trump, apareceu na noite desta sexta (9) pela primeira vez em um programa de TV desde que foi infectado pelo coronavírus. Antes, deu entrevistas apenas por telefone.

Trump falou dos jardins da Casa Branca por cerca de 15 minutos com o médico e apresentador Mark Siegel, que o entrevistou do estúdio da Fox News.

O presidente dos EUA, Donald Trump, na saída do hospital Walter Reed, em Maryland, onde realizou tratamento para Covid-19
O presidente dos EUA, Donald Trump, na saída do hospital Walter Reed, em Maryland, onde realizou tratamento para Covid-19 - Saul Loeb - 5.out.20/AFP

Sem sinais de tosse ou dificuldade para respirar, o presidente disse estar ótimo e sem medicação havia mais de oito horas. Afirmou que fez um novo teste para detectar a presença do vírus e que está “com quase nada [do patógeno] ou sem ele”.

Ao ser internado, contou, sentiu-se cansado, sem a mesma energia de antes, com dor de garganta e congestão —mas melhorou após tomar um coquetel experimental com anticorpos monoclonais da empresa Regeneron, permitido excepcionalmente no caso dele.

“Tive sorte por causa de um certo remédio, que foi realmente milagroso pra mim”, disse. “Vinte e quatro horas depois, senti-me muito diferente, muito bem.” Ele prometeu distribuir o tratamento por todo o país.

A entrevista, gravada horas antes de o segundo debate presidencial ser cancelado devido à recusa de Trump de participar de um evento online, tocou no tema.

Siegel perguntou se Trump toparia fazer o próximo debate ao ar livre, caso necessário, como medida para reduzir as chances de contaminação. O presidente disse que sim e criticou a comissão responsável por organizar os debates: “Sempre tivemos problemas com essa comissão, ela foi ridícula. Quem quer fazer um debate num computador? Você tem que estar ali”.

Trump ainda insinuou que seu adversário, Joe Biden, iria "colar" caso o evento fosse feito a distância.

O presidente afirmou não saber como contraiu a doença, mas mencionou vagamente que houve “eventos grandes na Casa Branca”. Sobre o passeio que fez de carro, no sábado (3), quando ainda estava internado —e que foi muito criticado por colocar em risco a vida dos agentes que o acompanharam—, justificou: “Achei que era muito importante mostrar meu afeto por eles [os apoiadores do lado de fora do hospital]. Amo o povo desse país. Teria sido desrespeitoso se eu ficasse lá três ou quatro dias e nem acenasse.”

Para fechar a participação, repetiu o recado de respeito aos médicos e consideração pelas famílias que foram afetadas pela Covid-19 que vem publicando no Twitter desde que saiu do hospital.

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