Pelo menos 74 refugiados morreram em um naufrágio na costa da Líbia nesta quinta-feira (12), de acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM). A Guarda Costeira do país e pescadores conseguiram resgatar 47 pessoas que estavam na embarcação, além de 31 corpos. As buscas continuam.
A Líbia, que não tem um governo central estável desde 2011, quando uma operação liderada pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) derrubou o ditador Muammar Gaddafi, é um importante ponto de trânsito para refugiados que tentam chegar à Europa por mar.
Nos últimos dois dias, 19 pessoas morreram ao tentar atravessar o Mediterrâneo. O navio da Open Arms, o único de uma ONG que atualmente atua naquelas águas, resgatou 200 pessoas em três operações.
Ao menos 900 já se afogaram neste ano tentando a travessia, de acordo com a agência da ONU, e estima-se que mais de 11 mil refugiados foram detidos no mar e devolvidos à Líbia, onde são frequentemente presos e se tornam vítimas de exploração e abuso.
A OIM e o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur) já afirmaram que a Líbia não deve ser considerada um porto seguro de retorno e que os refugiados resgatados ou interceptados no mar não devem ser enviados de volta ao país.
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