Até agora a Coreia do Norte ignorou as tentativas dos EUA para estabelecer um diálogo, informou a Casa Branca nesta segunda-feira (15). O movimento estende para a Presidência de Joe Biden a postura mais fria em relação a Washington assumida por Pyongyang ainda durante a gestão de Donald Trump.
A Coreia do Norte desistiu de manter contatos diplomáticos com o republicano, embora o ditador do país asiático, Kim Jong-un, tenha se reunido três vezes com o líder americano, com quem trocou cartas.
Trump negou os pedidos norte-coreanos para relaxar as sanções contra Pyongyang enquanto Kim não aceitar o desmantelamento do programa nuclear de seu país, o que ele se nega a fazer.
A porta-voz do governo Biden, Jen Psaki, disse que autoridades americanas tentaram entrar em contato com a Coreia do Norte por meio de diferentes canais desde que o democrata assumiu, há dois meses. "O objetivo é reduzir o risco de agravamento [da situação]. Mas até agora não recebemos nenhuma reposta."
Ela não detalhou que tipo de agravamento os EUA temem, mas o fato é que a Coreia do Norte realizou seis testes nucleares entre 2006 e 2017. Psaki também disse que a atual gestão consultou ex-funcionários do governo envolvidos na política para a Coreia do Norte, além dos aliados na Ásia Japão e Coreia do Sul.
"Este é o panorama após um ano sem diálogo ativo com a Coreia do Norte, embora tenha havido muitas tentativas dos EUA para tal. Vocês podem esperar uma expansão contínua do envolvimento [americano] com parceiros e aliados na região", disse ela.
A irmã do ditador norte-coreano, Kim Yo-jong, divulgou um comunicado com conselhos à nova administração americana. "Se quiserem dormir bem nos próximos quatro anos, seria melhor que não façam nada que lhes faça perder o sono", declarou ela, segundo a agência sul-coreana de notícias Yonhap.
Um funcionário sênior do governo Biden confirmou à agência de notícias Reuters no sábado (13) ter havido esforços para contatar a gestão norte-coreana por meio de diversos canais desde meados de fevereiro. O Pentágono expressou preocupações no começo do mês em torno de um relatório das Nações Unidas que indicou um possível reprocessamento de combustível nuclear para bombas norte-coreanas.
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