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Europa amplia abertura a turistas; decisão sobre aceitar vacinados será de cada país

Governos dos 27 membros da União Europeia relaxam critérios para permitir viagens não essenciais; Brasil continua fora da lista de países 'seguros'

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Bruxelas

O Conselho Europeu, que reúne os governos dos 27 países da União Europeia, relaxou as regras para aceitar turistas de fora do bloco, mas deixou a critério de cada Estado-membro aceitar viajantes completamente vacinados.

A lista de países sem restrições de viagem vai aumentar, com o novo limite de taxa de contágio de 75 novos casos por 100 mil habitantes em 14 dias (no Brasil a incidência é 395/100 mil). Por enquanto, a relação tem oito países: Austrália, Nova Zelândia, Singapura, Coreia do Sul, Tailândia, Ruanda, Israel e China —quando oferecer reciprocidade.

Além da taxa de novos casos, a UE avalia se a tendência de contágios é crescente ou decrescente, o número de testes feitos por habitante, o índice de resultados positivos, o avanço da vacinação e a presença de variantes. De acordo com o Conselho, também conta a resposta geral do país à pandemia —se aplica testes, rastreia contatos, faz isolamento e se possui informações confiáveis.

Duas mulheres fazem selfie pisando na divisa entre a areia de o mar em praia de águas calmas
Turistas britânicas na praia de Cascais, em Portugal - Pedro Fiuza/Xinhua

A nova barreira permite a entrada do Reino Unido, que registrou nos últimos 14 dias 44 novos casos por 100 mil habitantes. Já os Estados Unidos, com 176/100 mil, continuariam fora dos critérios de segurança.

De acordo com as novas regras, fica a cargo de cada país aceitar a vacinação para dispensar restrições como testes e quarentenas. Os que tomarem essa decisão devem, “em princípio”, permitir viagens de quem recebeu a última dose recomendada de uma vacina aprovada pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) ou pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ao menos 14 dias antes da chegada.

Lá Fora

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Até esta quinta (20), a EMA autorizou o uso das vacinas da Pfizer, da AstraZeneca, da Moderna e da Janssen e avalia a Coronavac (China) e a Sputnik V (Rússia). Além das quatro aprovadas na Europa, a OMS recomendou o uso da fabricada pela chinesa Sinopharm.

A UE ainda discute as regras para aceitar certificados de vacinação de países fora do bloco. Segundo o Conselho, até que elas sejam definidas, cada país deve levar em conta “a possibilidade de poder verificar a autenticidade, validade e integridade” do documento apresentado por um viajante estrangeiro.

Os governos também adotaram o freio de emergência, que aplica uma suspensão imediata a viagens sempre que a situação epidemiológica de um país ou região se agravar rapidamente, “em particular se for detectada variante preocupante ou de interesse”.

O freio não vale para cidadãos europeus ou residentes no bloco, mas eles ficarão sujeitos a testes e quarentenas se vierem desses locais. Apesar do acordo entre os países e da aprovação pelo Conselho, cada governo nacional continua responsável ​​pelas regras de entrada de estrangeiros em seu país.

CERTIFICADO DIGITAL

Representantes dos governos e o Parlamento Europeu chegaram também a um acordo para implantar um certificado digital único, válido em toda a União Europeia, para residentes e cidadãos europeus.

O objetivo é recuperar a livre circulação dentro do bloco. O compromisso precisa ainda ser ratificado pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho, e a expectativa é que entre em vigor em 1º de julho.

O documento permitirá livre trânsito para quem tiver resultado negativo em teste PCR para coronavírus, recuperação de Covid-19 ou vacinação completa com imunizante aprovado pela EMA ou pela OMS.

Em tese, isso excluiria cidadãos ou residentes húngaros que tenham sido vacinados com a Sputnik V ou como fármaco da chinesa Sinopharm. Mas, segundo o eurodeputado Juan Fernando López Aguilar, presidente da comissão de livre circulação do Parlamento, governos nacionais poderão aceitar, a seu critério, os imunizantes que considerarem seguros.

Cada país também pode criar barreiras adicionais, mas o texto do acordo diz que eles "devem abster-se" de impor restrições "a menos que sejam necessárias e proporcionadas para salvaguardar a saúde pública".

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