Donald Trump anuncia processos contra Google, Facebook e Twitter

Republicano acusa big techs de silenciarem vozes conservadoras; executivos das plataformas também são alvo das ações

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Em um novo capítulo do embate entre Donald Trump e os gigantes de tecnologia dos EUA, o ex-presidente americano anunciou nesta quarta (7) a abertura de processos judiciais contra Twitter, Facebook e Google.

O republicano também afirmou ter entrado com ações contra os principais executivos das três big techs —Jack Dorsey, Mark Zuckerberg e Sundar Pichai, respectivamente—, sob o argumento de que as redes sociais estariam silenciando vozes conservadoras.

Texto mostra comunicado de Donald Trump no qual ex-presidente afirma que ações de Facebook, Twitter e Google são 'vergonha total e um constrangimento para o nosso país'
Texto mostra comunicado de Donald Trump no qual ex-presidente afirma que ações de Facebook, Twitter e Google são 'vergonha total e um constrangimento para o nosso país' - Oliver Douliery - 5.mai.21/AFP

O anúncio vem meses após Trump sofrer retaliações devido aos discursos de ódio que publicava nas redes sociais. Em janeiro, o Twitter baniu o ex-presidente permanentemente, depois de ele incitar a invasão do Congresso americano durante a sessão para certificar a vitória de Joe Biden. Em decisão semelhante, o Facebook proibiu a volta do republicano à plataforma até 2023.

Trump tinha nas redes sociais um de seus principais mecanismos para oxigenar a opinião pública em defesa de suas bandeiras e, quando estava na Presidência, adotou as plataformas como um canal de comunicação oficial —movimento posteriormente adotado por Jair Bolsonaro e outros líderes populistas.

Sua saída de cena das redes, a contragosto, pesa especialmente agora, já que, fora da Casa Branca, o republicano retomou uma agenda de comícios para tentar viabilizar uma nova campanha presidencial.

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Ao anunciar os processos contra as big techs durante discurso em seu campo de golfe no estado de Nova Jersey, Trump disse ter entrado com as ações em um tribunal da Flórida. Afirmou ainda que vai mover acusações coletivas contra as empresas, mas não detalhou quem mais participaria da empreitada.

Na última semana, a organização que leva o nome de Trump e gere a maior parte dos negócios de sua família, foi indiciada por crimes fiscais pela promotoria de Manhattan, assim como um de seus principais executivos financeiros, Allen Weisselberg. As acusações dizem respeito à evasão de impostos sobre vantagens adicionais concedidas a funcionários do grupo que não constavam nas declarações fiscais.

Trump também é investigado em outros processos. A lista inclui tentativas de influenciar os resultados das eleições presidenciais na Geórgia e de inflar os valores de suas propriedades para obter empréstimos mais vantajosos, além de difamação de uma ex-redatora da revista Elle e incitação aos atos no Capitólio.

Com Reuters 

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