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Namorada de Boric renuncia a cargo no Chile, e país deixa de ter primeira-dama formal

Irina Karamanos, 33, ocupava posto de coordenação de áreas socioculturais na Presidência

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Santiago | AFP

Irina Karamanos, namorada do presidente do Chile, Gabriel Boric, formalizou nesta quinta-feira (29) sua renúncia à posição de coordenadora sociocultural da Presidência, assumida em março. Assim, ela também deixará de cumprir funções oficiais como primeira-dama do país.

O cargo de primeira-dama não é regulamentado no Chile nem recebe qualquer remuneração.

Irina Karamanos e o presidente do Chile, Gabriel Boric, em base aérea de Bogotá, para a posse de Gustavo Petro
Irina Karamanos e o presidente do Chile, Gabriel Boric, em base aérea de Bogotá, para a posse de Gustavo Petro - Daniel Muñoz - 6.ago.22/AFP

As seis fundações sociais sob a Coordenação Sociocultural da Presidência estarão agora a cargo dos escolhidos para presidir cada um dos conselhos. "Vou continuar apoiando o governo, vou continuar apoiando o presidente, meu companheiro Gabriel Boric, e vou intensificar a militância no meu partido e também me desenvolver profissionalmente na minha área", disse Karamanos.

Cientista social de 33 anos, ela está num relacionamento com o atual presidente desde 2019.

De ascendência grega e alemã, estudou na Universidade de Heidelberg, na Alemanha, e integra a Frente Feminista do partido governista Convergência Social. Protagonista nos protestos de 2011, Boric estreou como deputado em 2014 e iniciou seu mandato em 2022 como o mais jovem presidente chileno.

Karamanos, discreta durante a campanha, chegou a afirmar à época que a figura da primeira-dama "não tinha nenhum sentido". O discurso, porém, mudou com o tempo. Karamanos afirmou posteriormente que pretendia dar ao cargo "um toque diferente e mais contemporâneo" e que iria procurar desassociar sua posição das ações de caridade, reduzir o número de seus funcionários e reajustar os salários para baixo.

Também prometeu uma visão mais feminista de sua função, com especial atenção a grupos minoritários, como pessoas transexuais e crianças migrantes.

Apesar de não ser regulamentado, a posição de primeira-dama no país tradicionalmente administra o orçamento milionário desse conjunto de entidades socioculturais ligadas à Presidência.

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