O Vulcão de Fogo, que em 2018 causou uma avalanche que provocou 215 mortes na Guatemala, iniciou neste sábado (10) uma nova fase de erupção com explosões, expulsão de cinzas e fluxo de lava, anunciaram as autoridades.
"O Vulcão de Fogo apresentou um aumento de sua atividade e nos últimos minutos entrou em fase de erupção, [que é] principalmente efusiva, acompanhada de pulsos incandescentes da fonte de lava", informou o Instituto de Vulcanologia (Insivumeh) em um boletim informativo.
Segundo a instituição, a erupção do vulcão, de 3.763 metros de altura e localizado 35 quilômetros a sudoeste da Cidade da Guatemala, gera "constantes explosões fracas, moderadas e fortes".
Também provoca uma "fonte incandescente" de lava que ultrapassa 500 metros acima da cratera e uma coluna de cinzas que se eleva a mais de 1 km do topo do vulcão, localizado entre os departamentos (províncias) de Escuintla, Chimaltenango e Sacatepéquez, acrescentou o Insivumeh.
Até agora, não foram ordenadas retiradas preventivas de moradores nas comunidades próximas, segundo Rodolfo García, porta-voz da Coordenação Nacional de Redução de Desastres (Conred), entidade guatemalteca responsável pela defesa civil. A erupção chegou a suspender as operações no Aeroporto Internacional La Aurora, na capital, e bloquear por cerca de 12 horas o tráfego na principal estrada que liga o sul ao centro do país.
García disse que se mantém em contato com as autoridades das áreas povoadas próximas diante da possível chuva de cinzas a noroeste do cone vulcânico, além do risco de um fluxo de lava de cerca de 800 metros descendo a colina.
Uma erupção do Vulcão de Fogo em 3 de junho de 2018 provocou uma avalanche de material incandescente que devastou a comunidade San Miguel Los Lotes, em Escuintla, e parte de uma estrada em Sacatepéquez, deixando 215 mortos e um número similar de desaparecidos.
Junto com o de Fogo, os vulcões Santiaguito (oeste) e Pacaya (sul) também estão ativos na Guatemala.
Maior vulcão ativo não é mais ameaça
Enquanto isso, outro vulcão, o Mauna Loa, no Havaí, diminuiu sua atividade neste sábado (10) e não representa mais uma ameaça, disse o Observatório de Vulcões do Havaí do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que rebaixou seu nível de alerta para o de observação —o que significa que há uma erupção em andamento, mas com riscos limitados.
Maior vulcão ativo do mundo, o Mauna Loa começou a entrar em erupção no final de novembro pela primeira vez desde 1984, encerrando seu período de silêncio mais longo registrado na história.
O comportamento do vulcão sugere que a erupção pode terminar em breve, afirmam especialistas.
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