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Atropelamento de gato por trem em Paris gera onda de revolta na França

Ministro do Interior diz estar chocado com o incidente e que vai incentivar o combate à violência contra os animais

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DW

O ministro do Interior da França, Gerald Darmanin, afirmou na última sexta-feira (27) estar chocado após um gato ter sido atropelado por um trem na frente de suas donas, na capital Paris.

O atropelamento está sendo considerado proposital, o que gerou uma onda de revolta na França. Darmanin anunciou que destacaria 4 mil policiais e guardas em todo o país para coletar denúncias de maus-tratos contra animais e ajudar a prevenir atos de violência.

Trem da empresa SNCF (Regiolis Regional Express Train), durante apresentação em 2014, na estação ferroviária Vaugirard, em Paris - François Guillot/AFP

"Escolhemos combater a violência contra os animais. Eles são seres sensíveis e particularmente vulneráveis ao tráfico e a atos de crueldade", afirmou o ministro, em vídeo publicado nas redes sociais. "Todos os animais merecem nossa proteção, e as forças policiais a partir de agora vão lutar contra aqueles que fazem mal a esses seres."

O incidente ocorreu no dia 2 de janeiro, na estação de Montparnasse, quando o gato chamado Neko foi atropelado por um trem de alta velocidade. Ele pertencia a uma mulher e à sua filha de 15 anos, que viajariam de trem da capital francesa para a cidade de Bordeaux, no sul do país. O animal de estimação escapou da mala de transporte e se refugiou sob um trem, de acordo com a agência de notícias AFP.

A SNCF, a operadora ferroviária nacional, foi informada da presença do gato sob o trem e sobre a solicitação de resgate. No entanto, o veículo partiu mesmo assim e atropelou o animal.

"O vimos cortado ao meio", disse a menina à fundação de proteção animal 30 Millions d'Amis. "Eles nos disseram que não era problema deles, que era apenas um gato e que deveríamos tê-lo na coleira."

A companhia de trens, então, teria oferecido como compensação um bilhete gratuito para Bordeaux.

A 30 Millions d'Amis disse que apresentou uma queixa por grave abuso e crueldade que levaram à morte do animal. O advogado da fundação, Xavier Bacquet, disse em entrevista à emissora BFMTV que permitir que o trem partisse foi um ato deliberado, o que, segundo ele, é criminalmente repreensível.

Se o caso for a tribunal, os culpados podem receber uma uma multa de até € 75 mil (cerca de R$ 416 mil) e uma sentença de prisão de cinco anos. A SNCF expressou pesar pela morte de Neko, mas disse que os funcionários não foram autorizados a descer aos trilhos por causa do perigo de serem eletrocutados.

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