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Vereador é assassinado pelo narcotráfico no Equador em novo caso de violência

Bolívar Vera morre a semanas do segundo turno das eleições em onda de crimes como o que matou presidenciável

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Daule (Equador) | AFP

O vereador Bolívar Vera, do município de Durán, a oeste do Equador, foi encontrado morto nesta sexta-feira (8), informou o Ministério Público do país. Seu corpo ensanguentado foi achado com as mãos amarradas em um bosque da província de Guayas, segundo uma foto enviada por um de seus colegas de partido.

Soldados fiscalizam o tráfego de veículos em rua de Guayaquil, depois de declaração de estado de emergência - Gerardo Menoscal - 1.abr.23/AFP

A morte do vereador ocorre em meio a uma onda de violência política que tem abalado o país a semanas do segundo turno da eleição presidencial marcado para 15 de outubro. Bolívar era membro do Partido Social Cristão, de direita. Seu assassinato se soma ao do candidato presidencial Fernando Villavicencio, baleado em 9 de agosto na saída de um comício em Quito, entre outros.

O governo local de Durán, vizinho ao conturbado porto de Guayaquil, havia denunciado o suposto sequestro de Bolívar na quinta-feira (7), pedindo à polícia que descobrisse seu paradeiro. Segundo imagens, o vereador vestia uma camisa da seleção equatoriana de futebol, que disputou uma partida na quinta-feira contra a Argentina.

Jornalistas da AFP registraram o momento em que policiais e membros do Ministério Público retiravam o corpo de uma área arborizada próxima a uma estrada ao norte de Guayaquil, que liga as cidades de Daule e Salitre. Perto dali, um grupo de mulheres chorava.

Bolívar Vera havia sido eleito vereador de Durán para o período de 2023 a 2027. "O Governo Municipal de Durán expressa suas mais sinceras condolências aos familiares e amigos do vereador Bolívar Vera diante desta grande perda", publicou a prefeitura local na rede social X, o antigo Twitter.

O Equador enfrenta uma onda de violência ligada ao tráfico, que controla os presídios e a disputa o mercado de drogas a sangue e fogo. Desde 2018, a taxa nacional de homicídios quadruplicou, e o outrora pacífico país sul-americano se tornou um centro de operações de cartéis de drogas estrangeiros e locais, que impõem um regime de terror com massacres, sequestros e extorsões.

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