Centenas de especialistas das indústria de tecnologia de Israel deixaram temporariamente seus empregos no setor privado para ajudar a localizar israelenses desaparecidos após o ataque do grupo terrorista palestino Hamas ao país no último dia 7.
Os atiradores do Hamas conseguiram driblar as fortes medidas de segurança israelenses para sair da Faixa de Gaza e invadir cidades e kibutzim israelenses, matando 1.400 pessoas e capturando quase 200. Em resposta, Israel bombardeou Gaza por dias, matando mais de 2.800 palestinos enquanto suas tropas se preparam para um ataque terrestre.
Karine Nahon, uma das líderes da iniciativa, disse que os voluntários têm analisado imagens —incluindo vídeos publicados na internet pelo Hamas— para ajudar a identificar e localizar as mais de 1.000 pessoas que ainda estão desaparecidas. Qualquer informação obtida é repassada às autoridades israelenses.
Baseados em Tel Aviv, centro do setor de alta tecnologia e segurança cibernética de Israel, os voluntários criaram um centro de comando improvisado onde usam inteligência artificial e reconhecimento facial e de voz para ajudar a localizar os desaparecidos, às vezes pela análise de roupas ou características reconhecíveis.
"O governo agora depende das informações que estão vindo dessas salas", disse Nahon.
Fotos dos israelenses desaparecidos estão penduradas nas paredes, lembrando os voluntários de sua missão. "Tentamos entender a situação de cada uma das pessoas desaparecidas e ainda temos mais de mil pessoas desaparecidas", afirmou ela.
Eles estão trabalhando contra o relógio. Israel prometeu eliminar o Hamas em resposta aos ataques, enquanto o grupo terrorista diz que executará reféns em resposta aos ataques israelenses contra civis.
O Hamas agora também está removendo imagens dos ataques que publicou online, sugerindo que o grupo terrorista está ciente de que esses vídeos estão sendo analisados em busca de informações, disse Nahon.
"Havia um vídeo que era uma transmissão ao vivo de como eles entraram em diferentes quartos de crianças assassinadas, com imagens horríveis", afirmou. "Agora eles vão remover um por um esses vídeos, porque entendem que monitoramos isso e analisamos esses vídeos", disse.
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