França esvazia Palácio de Versalhes após nova ameaça de bomba

Emmanuel Macron alerta para volta de terrorismo islâmico e diz que países europeus estão vulneráveis

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Paris | Reuters

Os visitantes do Palácio de Versalhes, na França, foram retirados do local nesta terça-feira (17), enquanto um esquadrão antibomba estava a caminho, informou a imprensa francesa. A atração turística ficará fechada ao menos por um dia. É incerto o que motivou a operação.

No último sábado (14), o palácio já havia fechado as portas após uma ameaça de bomba ser enviada a um portal de denúncias. No mesmo dia, o Museu do Louvre, em Paris, também suspendeu seu funcionamento. Na ocasião, um porta-voz afirmou à agência de notícias AFP que optou por esvaziar o Louvre "durante todo o dia, momento essencial para realizar uma verificação", de modo a manter o local e potenciais visitantes a salvo.

Guarda Republicana Francesa em posição de sentido no Palácio de Versalhes, a oeste de Paris - Daniel Leal - 20.set.23/AFP

Um dia antes, um jovem de 20 anos matou um professor e feriu outras duas pessoas a facadas em uma escola na cidade de Arras, no norte da França. Ele foi preso, e o ataque classificado de terrorismo. Na manhã de segunda (16), a mesma escola precisou ser esvaziada por um breve período após um alerta de bomba.

No momento do ataque, o autor teria gritado "Allahu Akbar" (Alá é grande, em árabe), disseram membros da prefeitura e da polícia à AFP. A expressão é comum em culturas islâmicas, mas também se tornou frequente em atentados terroristas nas últimas décadas. Ainda segundo a polícia francesa, o homem é de origem tchetchena e já conhecido por órgãos de segurança pelo envolvimento com o islamismo radical.

Desde então, a França está em estado de alerta máximo para atentados –o governo do país mobilizou 7.000 policiais a mais nas ruas de todo seu território.

Ainda nesta terça, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que todos os países europeus estão vulneráveis ao terrorismo. "Há de fato um regresso deste terrorismo islâmico, e todos nós temos uma vulnerabilidade. É aquela que acompanha as democracias, os Estados de Direito onde há indivíduos que têm um momento para decidir cometer o pior", afirmou a jornalistas.

Um dia antes, dois cidadãos suecos foram mortos a tiros por um homem em Bruxelas.

O ataque aconteceu por volta das 19h15, no horário local, na região central da capital belga. No momento, a seleção masculina de futebol da Suécia estava jogando contra a equipe nacional na cidade, e o jogo foi suspenso durante o intervalo.

De acordo com a Procuradoria-Geral da Bélgica, a motivação do ataque foi a nacionalidade das vítimas —nas últimas semanas, a Suécia foi palco de uma série de protestos em que o Alcorão, livro sagrado do islamismo, foi queimado publicamente.

Um homem que se identificou como membro do Estado Islâmico assumiu a responsabilidade num vídeo publicado na internet. Posteriormente, a polícia de Bruxelas atirou e feriu um tunisino de 45 anos suspeito dos assassinatos. Ele morreu no hospital.

A Bélgica também elevou seu alerta de terrorismo ao nível máximo na capital após o atentado.

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