Milhares de manifestantes se reuniram na frente do Parlamento de Israel em Jerusalém neste domingo (7) para exigir a libertação de cerca de 130 reféns mantidos pelo Hamas em Gaza.
As negociações para um cessar-fogo que incluiria a libertação de dezenas dos reféns restantes foram retomadas no Egito também neste domingo, data em que a guerra Israel-Hamas completou seis meses.
Familiares das pessoas que continuam em cativeiros em Gaza estão cautelosos, já que as negociações anteriores não tiveram resultado. Além disso, alguns dos reféns têm sido assassinados —foi o caso de Elad Katzir, cujo corpo fora recuperado pelo Exército de Israel na última sexta (5).
"As famílias e todos aqui já sofreram o suficiente. As pessoas precisam entender isso e o mundo deve se levantar e trazê-los de volta", disse Michal Nachshon, 39, que viajou de Tel Aviv para o comparecer ao protesto. "Isso está acima da política e da religião, é uma questão humanitária e é por isso que estamos aqui para gritar hoje."
Enquanto alguns familiares dos reféns pediram ao primeiro-ministro Binyamin Netanyahu para que fizesse mais para trazê-los para casa, oradores mantiveram tom politicamente neutro, focando a dor e a necessidade urgente de recuperar seus entes queridos.
Nas últimas semanas, as manifestações contra o governo de Netanyahu se intensificaram, com alguns críticos acusando o premiê de ter demorado para garantir um acordo —acusação que ele nega.
O gabinete de Netanyahu enfrentou críticas generalizadas pela falha de segurança de 7 de outubro —dia mais mortal de Israel e o pior ataque aos judeus desde o Holocausto. Pesquisas de opinião sucessivas desde 7 de outubro mostraram que Netanyahu seria derrotado pelos centristas.
Homens armados do Hamas invadiram Israel em 7 de outubro de 2023, mataram 1.200 pessoas em suas casas, em bases militares, em estradas e em uma rave. Além disso, houve casos de estupro contra vítimas.
Os homens armados também capturaram 253 reféns, incluindo crianças e idosos, civis e soldados. Cerca de metade deles foi libertada, como parte de um acordo de trégua no fim de novembro.
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