É possível sentar sem pegar fila, tomar um drinque e ouvir jazz, blues ou MPB sem qualquer interferência externa da hora do rush na avenida Paulista.
O Blue Note, no segundo andar do Conjunto Nacional, é um reduto de luz baixa e azulada (quase) alheio ao barulho de um dos locais mais movimentados de São Paulo. Quase alheio porque uma extensa varanda dá a opção de sentar ao ar livre, de frente para a paisagem urbana.
Eleita a melhor casa com música ao vivo pelo júri, a filial paulista do clube de jazz nova-iorquino tem atendimento cinco estrelas. Garçons recepcionam cada recém chegado, que é apresentado a todo o espaço, um salão de 800 m², e guiado a um assento.
As mesas são compartilhadas entre os visitantes e bem próximas ao palco, o que projeta um clima de intimidade entre artista e público, como bem disse Alice Caymmi, neta de Dorival, em uma apresentação recente: "Em shows como esse me sinto à vontade para tocar minhas músicas bregas".
A casa não tem um público específico, já que recebe de Stanley Jordan a Wanessa Camargo, e pessoas da geração X a Z podem ter de dividir a mesa. O local serve tanto para levar os pais, como para ir sozinho ou para marcar um date. O preço dos shows pode passar de R$ 300, em especial no fim de semana. Em dia útil, o ingresso sai mais em conta, em torno de R$ 90.
O palco já recebeu nomes internacionais e uma lista de clássicos e novatos da música brasileira, como João Bosco, Toquinho, Yamandu Costa, Fernanda Takai e Liniker.
É a música que garante a casa cheia, mas os pratos e os drinques são uma atração à parte. Os mais pedidos são o filé à Diana (R$ 70) e a brandade de bacalhau (R$ 69) —ambos dicas valiosas. A coquetelaria, que contempla clássicos e autorais, tem opções que variam de R$ 31 a R$ 76.
Blue Note
Av. Paulista, 2.073, Bela Vista, região central, @bluenotesp
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