Nesta segunda-feira (10) celebra-se o Dia de Portugal. A efeméride, que recorda o poeta Luís Vaz de Camões, homenageia também as comunidades portuguesas, que contam com cerca de 2,2 milhões de residentes no exterior. Este número fica, ainda assim, longe de abranger todos os lusodescendentes e outros que com Portugal mantêm uma relação profundamente afetiva. Apenas no Consulado Geral de Portugal em São Paulo estão registrados mais de 290 mil utilizadores dos nossos serviços.
Esta “comunidade de afetos” que liga os dois países solidifica-se e cresce, com a contribuição, no Brasil, das diferentes entidades associativas portuguesas e, em Portugal, dos cidadãos brasileiros que se instalam, seja para expandir os seus negócios —potencializando a plataforma que o país oferece de alcançarem o mercado português e também o europeu e o africano— mas ainda, e sobretudo, devido aos estudantes que demandam as instituições de ensino superior em Portugal, onde podem se beneficiar de uma educação de qualidade, reconhecida pelos rankings internacionais.
Esta visibilidade de Portugal orgulha-nos, mas implica responsabilidades e tem sido a nossa principal motivação para a promoção de ações que pontuam o trabalho do consulado geral. Indo além da atividade consular no seu sentido mais restrito, temos promovido eventos culturais, econômicos e turísticos com o apoio do Instituto Camões, da Agência de Investimento e Comércio Exterior e do Turismo de Portugal.
Muitos destes eventos têm lugar no quadro do Experimenta Portugal, programa agregador que nos permite, com o apoio de parcerias públicas e privadas, desenvolver um conjunto alargado de ações.
O espaço da lusofonia assume uma dimensão estratégica e com particular destaque para Portugal. O Experimenta 2019 dá disso exemplo, com uma programação que visa estabelecer pontes entre agentes econômicos e culturais de Portugal, Brasil e dos outros países lusófonos.
Na economia divulgamos o que de mais inovador se faz nos mais variados setores e oportunidades de negócio mutuamente vantajosas, potenciadas pela revolução digital e pela procura de valor acrescentado em setores tradicionais, através da incorporação tecnológica e de novos saberes, muitas vezes desenvolvidos na intersecção entre o espaço da investigação pública (nomeadamente das universidades) e empresarial.
Portugal tem pautado a sua política externa por uma conduta responsável, que busca convergências. Esta forma de se posicionar traduz-se numa consistente ação internacional nos diversos fóruns globais, seja na esfera de interação europeia, seja no contexto da ONU e com especial expressão nos debates sobre a promoção dos direitos humanos, responsabilidade ambiental e desenvolvimento sustentável —ou, ainda, em matéria de preservação dos oceanos.
Não esqueçamos que Portugal possui um território marítimo 40 vezes superior ao terrestre, e que foi esta a via que nos levou aos quatro cantos do mundo. E que nos trouxe ao Brasil.
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