Treze previsões de colunistas para 2024

Eleições municipais no Brasil, candidatura de Trump à Presidência dos EUA e insegurança pública são alguns dos temas

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A Folha convidou alguns de seus colunistas para fazer uma previsão 2024. Leia abaixo.

Thiago Amparo
Minha previsão é que 2024 será o ano mais frio do resto das nossas vidas.

Antonio Prata
As voltas da Terra em torno do sol não mudam nada. Seguiremos caminhando aceleradamente para o apocalipse climático. Crianças serão mortas pela PM nos morros do Rio. A esquerda perdidona continuará mais preocupada em cancelar pessoas no Twitter (X) do que em construir poços artesianos ou casas populares. A extrema direita vai surfar em cima disso e galgar posições. A CBF vai ter três presidentes. Talvez a seleção brasileira não se classifique, pela primeira vez na história, para a Copa. Mal aí pelo pessimismo, mas o mundo tá zoado.

Pessoas assistem ao último pôr do sol do ano em uma praia de Mumbai, na Índia, e celebram o Ano-Novo antes dos brasileiros - Francis Mascarenhas/Reuters

Camila Rocha
2024 será decisi vo para o futuro da política nacional e internacional. No Brasil, as disputas municipais vão testar as habilidades políticas de Jair Bolsonaro fora do poder e seu potencial como cabo eleitoral. A cidade de São Paulo será o palco principal das eleições, no qual a força da esquerda, e não do lulismo, será testada. O resultado das eleições presidenciais dos EUA pode impactar o cenário mundial.

Wilson Gomes
Diante da ausência de forças políticas que realmente queiram dialogar, desarmar ou, pelo menos, manter seus lobos sob controle, vislumbro um 2024 mergulhado em um debate público político infernal. A incapacidade de ouvir o outro lado atingirá níveis épicos, com doses generosas de radicalismo interno, sectarismo exacerbado e intolerância galopante.

Demétrio Magnoli
Só faço profecias sobre o passado. Assim, o que vai a seguir é condicional. 1) Israel não vai desaparecer —e os palestinos também não. Se os israelenses se livrarem de Netanyahu, a paz terá uma chance; 2) Se Trump vencer nos EUA, Putin triunfará na Ucrânia. Admiradores de Putin no Brasil, fiquem na torcida por Trump. 3) Se Haddad conseguir resistir à pressão de Lula pela farra fiscal, Lula entrará como favorito em 2026.

Marcos Nogueira
Além de oferecer opções vegetarianas, veganas, sem glúten, sem lactose, low carb, funcionais, macrobióticas e orgânicas, os restaurantes deverão adaptar seus cardápios a mais uma restrição alimentar. Passarão a servir porções diminutas de comida para a multidão de usuários de Ozempic, Mounjaro, Wegovy e outros remédios antiobesidade.

Lúcia Guimarães
Os EUA devem enfrentar o ano mais perigoso de sua história recente em 2024. A possível eleição de Trump para um segundo mandato seria também um retrocesso para o equilíbrio global de poderes, com ditaduras que têm ambições imperialistas, como China e Rússia, usando agressivamente o enfraquecimento geopolítico americano como oportunidade.

Mirian Goldenberg
Desejo que os velhos de hoje —e os velhos de amanhã— tirem o óculos da "velhofobia" e passem a usar os óculos da "velhautonomia" para conseguirem enxergar a beleza da própria velhice. Eu tenho um sonho que um dia o velho será considerado lindo e que iremos viver em uma nação em que as pessoas não serão julgadas pelas rugas da sua pele e, sim, pela beleza do seu caráter.

Vinicius Torres Freire
Vamos falar de dinheiros públicos: empresas ainda tentarão cavar favores nas leis da reforma tributária, PT e centrão vão querer mais gasto em ano eleitoral ("déficit zero" vai à breca), será difícil reformar o IR para se cobrar mais de rico. A dívida pública crescerá mais. A baixa dos juros será menor do que poderia ser, assim como investimento e PIB. Não falaremos de escolas para crianças pobres ou de SUS.

Ruy Castro
Prevejo o fim da polarização. Lula, com seu gênio para se compor com inimigos, já está tentando seduzir para o seu governo políticos de oposição, banqueiros hostis, evangélicos hidrófobos, agro-ogros de carteirinha e até juízes bolsonaristas. Não será surpresa se, em 2024, conseguir comprar o próprio Bolsonaro.

Cecilia Machado
Nos últimos cinco anos, o PIB foi em média 2,6 pontos percentuais diferente da projeção feita para ele no ano anterior. Prevejo, e errarei, que o mesmo deve ocorrer em 2024.

Sylvia Colombo
Guatemala abre o ano com Bernardo Arévalo na luta pela Presidência. Na Argentina, Javier Milei dará o que falar mais do que pensamos. Em El Salvador, apesar de um arranjo ilegal, Nayib Bukele levará as eleições. O populista AMLO se despedirá, no México, mas fará sucessora. O problema da imigração aumentará, agravado por crise climática.

Flavia Boggio
Economistas continuarão pessimistas com a economia do governo Lula e otimistas com governo Milei, na Argentina. Se, no fim, for comprovado que estavam errados, vão alegar que ainda não chegou no fim.

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