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Vahan Agopyan e Laura Laganá

O ensino técnico de SP faz a diferença no Pisa

Três Etecs paulistanas superaram a média de Cingapura em leitura

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Vahan Agopyan

Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo

Laura Laganá

Diretora-superintendente do Centro Paula Souza

Avaliações externas são cruciais para a gestão de ensino. Uma visão diversa e apoiada em boas práticas de outros países oferece orientação valiosa à comunidade escolar, com indicadores que ajudam a melhorar a educação no Brasil.

Um dos principais exames é o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês). São Paulo tem exemplos de que um projeto bem elaborado e desenvolvido de forma contínua e eficiente pode gerar resultados surpreendentes.

Nas escolas técnicas (Etecs), temos médias iguais ou superiores às de países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O desempenho dos alunos do Centro Paula Souza (CPS) supera diversos países em leitura e se equipara a muitos em matemática.

O último Pisa avaliou 690 mil estudantes de 81 países. Os dados são comparáveis ao Pisa for Schools (Pisa-S), que avalia as Etecs. A análise mostra que a média dos alunos das Etecs paulistas em leitura é de 515, enquanto os países da OCDE obtiveram 476 e o Brasil, 410.

Ao comparar o desempenho das Etecs com países, é possível observar que 17 unidades estaduais estão entre as 20 melhores em leitura. Três Etecs paulistanas –Guaracy Silveira, Etesp e Irmã Agostina– superaram a média de Cingapura, o país mais bem colocado na classificação. Além disso, 17 escolas do CPS estão à frente do Japão nesse quesito.

Em matemática, nossos alunos alcançaram média 472, igual à de países da OCDE e superior à brasileira, de 379. Na comparação com outras nações, 11 unidades do CPS estão entre as 30 mais bem colocadas. O desempenho da Etesp, por exemplo, superou os de Japão e Coreia do Sul.

Já em ciências, enquanto os integrantes da OCDE têm média 485, as Etecs de São Paulo contabilizam 479, e o Brasil, 403. Entre as 40 melhores posições no mundo, destacam-se 14 unidades escolares paulistas.
As estratégias de São Paulo reforçam diferenciais importantes. Os alunos do CPS têm sólida base de conhecimentos adquiridos em metodologias ativas, que permitem colocar o aprendizado em prática por meio de projetos para situações reais.

Escola Técnica Estadual Takashi Morita, no bairro de Santo Amaro, em São Paulo - Adriano Vizoni/Folhapress

Da mesma forma, a integração da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) ao itinerário técnico-profissional facilita a contextualização dos conhecimentos. Há ainda foco nas competências socioemocionais que formam profissionais e cidadãos, na capacitação constante de educadores e no forte crescimento do ensino integrado.

Para 2024, o governador Tarcísio de Freitas determinou a expansão do ensino técnico nas escolas regulares da rede estadual, em parceria com o CPS. Quando a educação é conectada às atualidades e ao cenário profissional, o jovem vê muito mais sentido nas aulas e se desenvolve mais e melhor.

Os resultados do Pisa reforçam a importância do protagonismo dos alunos. A educação deve caminhar lado a lado com o desenvolvimento econômico e tecnológico da sociedade. Para o Governo de São Paulo, a escola deve ser um espaço inclusivo que faz a diferença e oferece um futuro próspero, com mais oportunidades para todos.

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