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Geraldo Alckmin

O sucesso do comércio brasileiro no mundo

Em 2023, alcançamos índices históricos nas nossas exportações

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Geraldo Alckmin

Vice-presidente da República e ministro do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

O ano de 2023 foi extraordinário para o nosso comércio exterior. Nunca o Brasil exportou tanto. Foram US$ 339,7 bilhões em vendas para o exterior. Além do recorde, atingimos os maiores níveis históricos em volume. Dessa perspectiva, nossas exportações cresceram 8,7%, taxa bem superior ao aumento de 0,8% projetado pela Organização Mundial do Comércio para o crescimento do volume do comércio mundial.

Nosso saldo comercial nunca foi tão robusto, com US$ 98,8 bilhões de superávit, um aumento de 60,6% em relação a 2022, contribuindo para nossas contas externas e para a confiança na economia. O saldo foi um pouco superior à expectativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, considerada otimista por agentes econômicos.

O país se consolidou como um dos maiores exportadores mundiais de alimentos e commodities minerais. Para além disso, diversos produtos industriais contribuíram para o desempenho. Registramos embarques recordes, por exemplo, de máquinas para construção e mineração, tubos de ferro e aço, máquinas agrícolas E máquinas para o setor de energia elétrica.

Ilustração de Claudia Liz publicada na Folha em 8 de janeiro de 2024. Ela traz um desenho de mar estilizado em dois tons de azul, com alguns detalhes em branco. No centro tem uma espécie de canoa multicolorida com um personagem-palito, desenhado em preto. Ele está em pé no barco, é muito comprido, com apenas um pé. Os braços estão erquidos em formato de V, a cabeça também é preta e tem um olho gigante. Fogo sai da parte de trás da embarcação. Um pássaro branco voa em direção ao canto superior direito. Um pouco mais atrás, aparece um pequeno caminhão vermelho e cima de uma onda.
Claudia Liz/Folhapress

Por trás dos recordes, estão histórias de brasileiros e brasileiras que tiveram mais oportunidades porque venceram adversidades, ousaram desbravar, abriram mercados no exterior e hoje colhem os resultados.

A quantidade de empresas exportadoras cresceu 2% (590 empresas) em 2023, para 28,5 mil, a maior quantidade da série histórica. As empresas que exportam são mais produtivas e resilientes.

Um estudo realizado pelo MDIC mostra que empresas exportadoras pagam maiores salários, têm um maior número de empregados e possuem uma maior proporção de trabalhadores qualificados.

Nosso desafio é fazer com que mais empresas se beneficiem das oportunidades associadas ao mercado externo. Atualmente, apenas 1% das nossas firmas exportam, algo muito aquém do nosso potencial. Dessas, somente 14% pertencem a mulheres.

O ano de recriação do MDIC foi também de muito trabalho no comércio exterior. Desburocratizamos procedimentos e reduzimos custos das transações, por exemplo, por meio da implementação da Licença Flex. O BNDES retomou sua atuação no apoio às exportações, aumentando a competitividade.

Fortalecemos a cultura exportadora e a promoção comercial em parceria com órgãos e instituições como a ApexBrasil, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Sebrae.

Reforçamos a rede de acordos comerciais, tanto na América do Sul, quanto fora da região, com a assinatura, com Singapura, do nosso primeiro acordo de livre-comércio desde 2011.

Por décadas temos repetido que o Brasil ainda exporta tributos – e isso está com os dias contados. A reforma tributária recém-aprovada trará ganhos importantes para as nossas exportações porque terminará com o resíduo tributário que onera nossos produtos no exterior.

Além de desonerar exportações e investimentos, a reforma favorece a agregação de valor às nossas exportações porque torna mais competitiva a produção de bens industriais. Isso porque ataca o atual problema da cumulatividade tributária, que acaba penalizando cadeias mais longas, típicas de produtos mais complexos. Com isso, fará nossa produção industrial mais competitiva aqui dentro e lá fora.

Os resultados comerciais expressivos de 2023 nos desafiam a fazer mais. Há oportunidades inexploradas. Nosso papel é encurtar caminhos, abrindo mercados e reduzindo custos, ao mesmo tempo em que buscamos fazer a produção no Brasil mais competitiva, mais sustentável e com maior agregação de valor.

Em 2005, quando o Brasil exportou US$ 100 bilhões pela primeira vez, a Esplanada dos Ministérios recebeu, em frente ao MDIC, um grande contêiner içado por um guindaste, para comemorar a ocasião.

Hoje, ao atingirmos a marca recorde de US$ 339,7 bilhões exportados, vale relembrar o momento, promover o comércio exterior e celebrar a trajetória das empresas exportadoras, que estão gerando emprego e renda no Brasil, mudando a realidade de comunidades, famílias e trabalhadores país adentro.

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