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Prevenir e tratar

Com envelhecimento da população, SUS precisa controlar diabetes e hipertensão

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Enfermeira mede a pressão arterial de paciente - Karime Xavier/Folhapress

Diabetes e hipertensão são duas das doenças crônicas não transmissíveis que precisam de acompanhamento contínuo. Entretanto 7 em cada 10 municípios não mediram a hemoglobina glicada e a pressão arterial em ao menos 50% dos pacientes com essas condições, como noticiou a Folha.

Essa é a meta estipulada pelo programa Previne Brasil, que em 2019 estabeleceu um modelo de financiamento das redes de saúde baseado no cumprimento de critérios de desempenho.

Desde lá, houve melhorias. No primeiro quadrimestre de 2022, a taxa de municípios que não atingiram o controle mínimo foi de 97% para diabetes e 95% para hipertensão; ao final daquele ano, 83% e 84%, respectivamente, com queda para para 74,8% e 72,8% em 2023.

Estamos longe, porém, da meta de 50%, também preconizada pela Organização Mundial de Saúde.

Segundo o último relatório global sobre a hipertensão da OMS, divulgado em 2023 com dados de 2019, 50,7 milhões de brasileiros entre 30 e 79 anos tinham a doença, o que representa 45% desse estrato —no mundo, a taxa é de 33%. Seria necessário atender mais 8,4 milhões de pacientes para atingir a marca de 50% de controle.

O número de pessoas com hipertensão no mundo dobrou entre 1990 e 2019, de 650 milhões para 1,3 bilhão. Fenômeno semelhante ocorre com a diabetes.

Na cidade de São Paulo, por exemplo, a prevalência foi de 8,5% para 12,1% entre 2020 e 2023. Estudo da Universidade de Washington do ano passado aponta 529 milhões de pessoas com diabetes no mundo —e que o montante dobrará até 2050, ao atingir cerca de 1,3 bilhão.

Com o envelhecimento global da população, as doenças crônicas não transmissíveis, que matam 41 milhões de pessoas por ano (74% das mortes no mundo), serão acada vez mais comuns.

O lado bom é que são males preveníveis e controláveis. É preciso fortalecer a atenção primária em saúde e as taxas de controle. Deve-se atuar nas causas desde a mais tenra idade. Atividade física, dieta saudável, conter o tabagismo e o consumo de álcool são medidas capazes de salvar vidas.

editoriais@grupofolha.com.br

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