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Escritor critica texto em que psicanalista compara Lula a Hitler

Francisco Daudt disse em artigo que as semelhanças o assombraram no dia da prisão do petista

Lula

Voltei esta semana de uma viagem à Polônia, onde visitei três campos de extermínio, Auschwitz, Majdanek e Treblinka. Ainda sob a forte impressão das atrocidades nazistas, deparo com o artigo de Francisco Daudt, que a Folha julgou adequado publicar, no qual ele compara Hitler, que implantou uma ditadura feroz e provocou a morte de 25 milhões de pessoas, com Lula, que derrubou uma ditadura e tirou da miséria 25 milhões de pessoas. Senti-me mal.

Bernardo Kucinski, jornalista e escritor (São Paulo, SP)

 

Lula e o PT sempre transformaram o processo jurídico em espetáculo, a Justiça em estado de exceção, a maioria da população em direita raivosa e o próprio condenado no ser mais honesto da Terra. Logo, fica explicado por que o desejo de vê-lo preso exalte os ânimos das pessoas. Isso não exclui a vontade de ver representantes do MDB, do PSDB e de qualquer outro partido, que sejam culpados, encarcerados. Mas o PT continua se vitimizando e achando que a perseguição política é só com ele (“E agora?”, de André Singer).

Giana Maia Monteggia, médica (Porto Alegre, RS)

 

Jogar a sujeira para debaixo do tapete com teoria da conspiração e discurso vitimista já cansou. O que esperam os manifestantes que foram para as ruas é uma esquerda que faça um mea-culpa e proponha candidatos e rumos à desorganização instalada por tanta incompetência. Se estão sem rumo, é porque apostaram na impunidade.

Leonardo Luiz de Campos Machado (São Paulo, SP)

 

É impressionante como o ex-presidente continua a hipnotizar, inclusive quem se julga inteligente (“O medo prendeu a esperança”, de Nelson Barbosa). O medo e o terror na verdade é o próprio Lula, porque o único projeto que ele e o PT sempre tiveram é o projeto de poder. 

José Carlos Ortolani (Indaiatuba, SP)

 

O Brasil também tem um bolivarianismo unilateral, radical, que faz vistas grossas para os aliados e defende a punição de adversários, havendo ou não motivos (“É ilusão acreditar em perseguição contra Lula e PT”). É o bolivarianismo do cientista político Bolívar Lamounier. Aos tucanos, tudo, impunidade, vistas grossas... À esquerda, toda punição é merecida. 

Mouzar Benedito (São Paulo, SP)


Palocci

Obviamente, as instituições são a base do Estado de Direito, e, em tese, uma corte suprema merece respeito. Mas, quando essa corte passa a fazer política partidária, agir por compadrio, mudar jurisprudências para beneficiar pacientes, defender chicanas e ter membros comportando-se como advogados de denunciados, isso de longe deixa de ser a saudável divergência própria de quem julga. E ela passa a merecer o descrédito (“Supremo nega pedido de habeas corpus de Palocci”).

José M. Leal (Campinas, SP)


Síria

Em vez de as nações deliberarem o fim da guerra que já dura sete anos, com mais de 500 mil mortos e 2 milhões de refugiados, elas preferem o mais simples, fácil e cômodo: bombardear a região. Não tem sentido algum a ONU ficar de braços cruzados e não dar um prazo para que o ditador Bashar al-Assad renuncie e sejam marcadas eleições.

Carlos Henrique Abrao (São Paulo, SP)

 

A ONU deveria viabilizar e implementar imediatamente um novo processo político, pacífico e democrático na Síria. E o Brasil, com uma grande população de ascendência sírio-libanesas, deveria ter um papel importante nesse processo. 

Bruno Roberto Padovano (Santana de Parnaíba, SP)


Alckmin

É inaceitável a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que livrou o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin das garras da Lava Jato. Isso é uma vergonha e mostra bem o sistema de dois pesos e duas medidas que impera na Justiça. No país, há tratamentos diferenciados conforme o freguês.

Renato Khair (São Paulo, SP)


Festa do delator

Os delatores merecem desfrutar de alguma regalia (“A balada do delator”). Se não fossem eles, muitos dos políticos que estão presos ainda estariam em liberdade, saqueando os cofres públicos.

Edno Lima (Macapá, AP)


Washington Olivetto

Mario Sergio Conti, preciso como sempre, derruba a máscara do rei dos gênios autorreferentes, o deslumbrado Washington Olivetto (“No umbigo da Washingtonlatria”). Os publicitários, até por uma questão de sobrevivência, amam se autobajular, mas dessa vez Olivetto foi longe demais. Bola mais baixa e algum senso crítico lhe fariam bem.

Fernando de Carvalho Jr. (São Paulo, SP)


Obras de arte

Essa norma que permite aeroportos regularem a tarifa de armazenagem das obras pelo valor de mercado delas é altamente subjetiva e não tem qualquer fundamento legal. Quem vai dizer quanto vale cada obra e com base em qual critério objetivo? Essa subjetividade favorece à corrupção e afugenta a cultura de qualidade (“Picasso e outros, adieu”, de Ruy Castro).

Paulo Henrique Andrade (Rio de Janeiro, RJ)


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