Leitores dizem que PT é responsável por sucesso de Bolsonaro nas pesquisas

Polarização da campanha do primeiro turno foi tema de mensagens enviadas à Folha

Eleições
A eleição é o momento em que deveríamos estar mais lúcidos. Porém, estamos enlouquecidos. Observamos a erupção de movimentos de massa perigosos, com potencial destrutivo. São pautados no ódio, na paranoia e no medo —sentimentos primitivos que aniquilam nossa capacidade de pensar. É fato que ninguém tolera mais a corrupção. Isso desperta ódio e desejo de vingança. Mas também não podemos tolerar o abuso de poder e a intolerância contra a corrupção. Neste caso, o remédio irá matar o paciente.

Fernando da Silveira, psicólogo e psicanalista (São Paulo, SP)

 

Nem A, nem B, nem C... Esta eleição parece prova sem questão verdadeira. Diante de tantas teorias econômicas e planos de governo pífios, estou quase acreditando nas teorias da conspiração do cabo Daciolo. O Brasil é surreal!

Douglas da Silva Vieira, servidor público (São Paulo, SP)

 

Os eleitores brasileiros estão brincando de votar, em amadorismo irresponsável. Até parece que o país não precisa se preocupar com o futuro porque está tudo bem. O retrato das pesquisas define o grave nível de esclarecimento cultural, político e cristão do povo brasileiro. Na ponta da tabela, a escolha final é entre o horrível e o péssimo. O país cambaleia à beira do precipício, que Deus nos acuda (“Nem Bolsonaro nem Haddad terão apoio do Congresso, diz banqueiro”, Mercado, 4/10).

Francisco Nascimento (Aracaju, SE)

 

Em meio à baboseira e ao embate político personalista da atualidade, Roberto Mangabeira Unger lava a nossa alma, voltando a discutir, tal como Celso Furtado, a importância das reformas estruturais em profundidade para que o nosso país consiga sair do atoleiro (“O debate que faltou na eleição”, Tendências / Debates, 4/10).

Fábio Konder Comparato professor emérito da USP (São Paulo, SP)

 

O artigo “O PT não aprende”, de Mariliz Pereira Jorge (Opinião, 4/10), faz um retrato fidedigno do abismo colossal em que o Brasil mergulhou com o discurso de Lula “nós contra eles”. Qualquer um dos dois eleitos, Bolsonaro ou Haddad, não conseguirá governar porque são fruto da histeria da população descrentre dos políticos! E ambos são “crias” de Lula.

Pedro Gomes de Matos Neto (Fortaleza, CE)

 

Jair Bolsonaro (PSL) nunca escondeu o que é nem o que pensa. Se for eleito, espero que não culpem o PT.

Carlos Bruder (São Paulo, SP)

 

O país, com exceções, está tomado por uma perigosa psicose coletiva. Nos dois lados vemos esse pavor pela vitória do outro candidato. Criou-se uma polaridade doentia, onde a racionalidade não encontra lugar  (“Alô, companheiros de elite”, Tendências/ Debates, 2/10).

Álvaro Cristiano Reis (Brasília, DF)

 

O colunista Hélio Schwartsman diz que errou ao valorizar demais o rádio e a TV nesta eleição presidencial (“Campanha na TV ainda é relevante?”, Opinião, 5/10). Porém, esse “erro” é consequência e foi muito ampliado pelas campanhas equivocadas de Geraldo Alckmin (PSDB), presunçoso por achar que governar São Paulo é um grande mérito, e do ex-ministro Henrique Meirelles (MDB), autoritário, achando que a população tinha obrigação de “chamá-lo” como alguns governantes fizeram. 

Chico Santa Rita especialista em marketing político (Vila Real, Portugal)

 

Já votei inúmeras vezes no PSDB, mas o meu candidato agora começa com B. Os eleitores deveriam pensar menos em partido e mais no país. Corrompeu-se? Que vá preso! Se os eleitores do PT pensassem assim, já teríamos superado essa divisão antidemocrática (“Fogo amigo”, de Laura Carvalho, Mercado, 4/10).

Paulo Alberto de Barros Gomes (Rio de Janeiro, RJ)

 

É oportuno lembrar que Lula teve várias candidaturas fracassadas. Conseguiu se eleger graças ao papel desagregador de FHC. Hoje a situação se repete: Bolsonaro, se eleito, o será pelo Brasil que tem horror a Lula e ao PT.

Aldo Portolano (São Paulo, SP)

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