TSE deveria definir ministro-presidente em anos ímpares, sem eleição, propõe leitor

Textos de colunistas sobre a semana na política despertam críticas e elogios

Ministro Moro

Não entendo essa discussão sobre o Moro. Por acaso o ministro Dias Tofolli, sendo ex-advogado do PT, é neutro? É apolítico?

Vital Romaneli Penha (Uberaba, MG)

 

Admiro o trabalho e a inteligência do jornalista Reinaldo Azevedo. Li seu artigo “Ministro Moro é Judiciário com partido” (Poder, 2/11). Expressões como “democracia degradada”, “enredo macabro” e “razia” sugerem um sentimento: rancor.

José Carlos Costa Júnior (São Sebastião do Paraíso, MG)


Bolsonaro

Causa estranheza a Folha continuar a se referir ao presidente eleito como capitão reformado. Não lembro de o ex-presidente Lula ter sido chamado de metalúrgico (ou de presidiário), nem de a ex-presidente Dilma ser chamada de ex-guerrilheira após suas respectivas campanhas vitoriosas à Presidência.

João Manuel Maio (São José dos Campos, SP)

 

Bolsonaro foi aconselhado a convidar a senadora Ana Amélia para ser ministra da Agricultura. A parlamentar gaúcha tem méritos pessoais e qualidades profissionais para exercer o cargo com eficiência e competência. Deixa o Senado como entrou, admirada e respeitada.

Vicente Limongi Netto (Brasília, DF)

 

Parte substancial da mídia insiste em associar Bolsonaro com o fascismo, desacreditando a solidez das instituições democráticas, como o Congresso e as cortes de Justiça. Deveriam deixar mais para a frente as suas conclusões, pois as medidas que se anunciam apontam essas críticas prematuras como o verdadeiro perigo iminente.

Marcelo Jorge Feres (Rio de Janeiro, RJ)

 

Que Hélio Schwartsman assuma a responsabilidade que lhe cabe nesse latifúndio (“Bolsonaro é uma criação do PT?”, Opinião, 2/11). Não só ele, mas grande parte da imprensa brasileira, vai ter saudade dos governos republicanos petistas.

Gilberto Giusepone (São Paulo, SP)


TSE e eleições

O TSE, neste ano de eleições gerais, teve três presidentes: Gilmar Mendes, Luiz Fux e Rosa Weber. Nenhuma empresa trocaria o seu presidente três vezes no ano mais importante de sua existência. O melhor seria que o ministro-presidente assumisse em fevereiro do ano ímpar, sem eleições, e saísse em fevereiro do próximo ano ímpar. Poderia estudar e refletir com afinco as questões mais importantes do pleito anterior, como as fake news.

Francisco José Bedê e Castro, aposentado do TRE-SP (São Paulo, SP)


Liberdade de imprensa

Sobre o comentário do leitor José Filho (Painel do Leitor, 2/11), o fanatismo político, ético ou religioso impede a evolução da humanidade. A mídia é vista como cúmplice de “segredos obscuros” (há segredos “claros”, por acaso?), em lugar de ser considerada o meio para percebermos a realidade.

Salvatore D’ Onofrio (São José do Rio Preto, SP)

 

É inaceitável a conduta de Jair Bolsonaro de proibir jornalistas em entrevista (“Folha e outros veículos são excluídos de entrevista coletiva”, Poder, 2/11). Imitando seu ídolo Donald Trump (EUA), ele escancara autoritarismo. Lamentável a atitude dos demais jornalistas. Nenhum deles deveria ter aceitado participar.

Renato Khair (São Paulo, SP)


Miséria

A reportagem da Folha “Moradores de rua contam suas histórias nas calçadas de São Paulo” (Cotidiano, 3/11) deu voz a brasileiros invisíveis que ainda são ignorados, apesar do crescimento. Quem trabalha no serviço público com proteção social, como nos Creas, sabe que “morar” na rua é resultado de muito sofrimento e violência. A maioria não consegue mais se adaptar às regras de um abrigo.

André Pedreschi Aluisi (Rio Claro, SP)


Colunistas

Sou fã incondicional da Tati Bernardi. Seus artigos, além de bem escritos, são alusões a todas as mazelas do nosso mundinho cotidiano. Mas infelizmente a autora derrapa quando fala de política (“Bolha do amor”, Cotidiano, 2/11). Tati, deixe essas coisas para quem entende do assunto. Fique onde você é inigualável.

Adauto Levi Cardoso (Sorocaba, SP)

 

O lema “Deus acima de todos” (Opinião, 3/11), como usado por Hélio Schwartsman, denota propensão totalitária. Além de excluir agnósticos e ateus, discrimina multidões de politeístas e panteístas, flertando com violação da garantia constitucional de liberdade de crença. Pode-se até admitir que alguém dê vazão a seu misticismo em comemorações, mas é imprescindível que seja advertido: deverá ser laico no exercício do mandato.

José Eli da Veiga (São Paulo, SP)

 

Mais uma vez o descortino intelectual de Demétrio Magnoli (“Vozes das trincheiras”, Poder, 3/11) fala mais alto. Tenho 80 anos e, pela primeira vez, vi nessas eleições a voz das trincheiras, a nossa voz, ser ouvida nesta mudança radical de posição. Surda, abafada, amordaçada que foi pelo sistema. Será que não podemos errar sozinhos, ao menos uma vez?

Beatriz Miraglia Luppi (Atibaia, SP)

 

Para Demétrio Magnoli (“Vozes das trincheiras”, 3/11), não há motivo para se falar em “resistência”, pois “resistir a um governo escolhido em eleições livres equivale a negar a soberania popular”. Vale a pena transcrever as palavras do presidente eleito: “Ou vão pra fora ou vão pra cadeia. Esses marginais vermelhos serão banidos de nossa pátria”. Não há motivo?

Gonçalo de Andrés Fernandez (São Paulo, SP)

 

Os textos de Márcio Pochmann e Paulo Feldmann, como “Debater com economistas neoliberais é perda de tempo?” (Mercado, 3/11), são excelentes, pois têm linguagem que se entende sem ser economista. Bem diferente do texto de Samuel Pessoa (“Debater com a heterodoxia cansa”, Mercado, 21/10). Pessoa ficou preocupado em mostrar os erros dos outros, mas esqueceu de apresentar suas próprias propostas, que deveriam ser inovadoras e diferentes das que já estão colocadas pelo poder neoliberal.

Adriano R. Mansanera (Maringá, PR)

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.