Nos últimos dias, a Folha questionou os leitores e leitoras se consideram que a democracia brasileira está em risco. A seguir, algumas das melhores respostas. Obrigado a todos pela participação!
Para você, leitor, a democracia brasileira corre risco? Por quê?
SIM
Só ousa dizer que o Brasil não corre risco de ruptura quem é incauto ou desconhecedor de democracia liberal. Bolsonaro segue o caudilho e se vê legítimo para levar adiante desmandos só porque foi eleito.
João Pedro E. de V. Martins (Brasília, DF)
NÃO
A democracia é baseada em: livre escolha dos governantes e legisladores; Poderes independentes e harmônicos; liberdade de expressão e movimentação; direito ao patrimônio; igualdade entre cidadãos. Tendo essa referência, a democracia no país não está sob risco, pois todos os pilares estão em vigor. Mas há temas que precisamos evoluir, como a igualdade entre cidadãos. O atual governo, como o anterior e o próximo, são passageiros, gostando ou não deles, mas isso em nada compromete a democracia se esses pilares são respeitados, como têm sido.
Carlos Dariani (São Paulo, SP)
SIM
O presidente apresenta-se como um risco à estabilidade da democracia. São imprescindíveis a resistência ao bolsonarismo e a resiliência das instituições ainda funcionais.
Alexandra Valle (São José do Rio Preto, SP)
NÃO
Mesmo considerando alguns sintomas distópicos e ameaças, não considero como de risco a situação para a nossa democracia. Esse período vai passar, e os monstros vão voltar para o Hades, de onde saíram para mostrar que existem e que podem tornar nossas vidas bem difíceis. Como diz a música “O sol há de brilhar mais uma vez”, estamos saindo da adolescência existencial como país
SIM
O Brasil corre sério risco de golpe. Bolsonaro faz agrados a militares e policiais e abusa de falsas narrativas. E ser fã de torturador deixa evidente seu caráter autoritário.
Beatriz Telles (São Paulo, SP)
NÃO
O ocupante do Planalto não é ameaça à democracia, e sim ameaça às instituições, que permanecem caladas diante das afrontas. Por enquanto ele é mais uma ameaça à vida do que à democracia. Jair Bolsonaro foi eleito pela via democrática e por ela será tirado do poder em 2022. Será uma oportunidade para repensarmos o papel dessas instituições e aprimorarmos a jovem democracia brasileira.
Éder Bezerra (Aracaju, SE)
SIM
2022 poderá marcar o início de uma guerra civil fomentada pelo presidente diante de provável derrota nas urnas. Seus seguidores se mostram irascíveis e irracionais a ponto de sair às ruas armados.
Renato H. Torres Polli (Florianópolis, SC)
NÃO
Não acredito em golpe de Estado à la tanques de guerra, “tiro, porrada e bomba”. Seria até melhor para reagirmos. O dano já está feito: mesmo que Bolsonaro não seja reeleito, continuará aí roendo as perninhas da combalida democracia.
Adilson Santos (Rio de Janeiro, RJ)
SIM
A democracia está sob ameaça, sim, como o vírus ameaça nossas vidas. Desafios cruéis para nós. Esperamos que a resposta ao autoritarismo não tarde tanto quanto a vacina.
Maurício Alexandre Silva (São Paulo, SP)
SIM
Tenho 60 anos e, desde que comecei a pensar de forma livre, percebo a fragilidade democrática do país. E algo me diz que não ficará bem.
Afonso C. B. Woyames (Rio de Janeiro, RJ)
SIM
Não temos mais democracia. Foi enterrada há tempos. Viveu por aqui vida breve. A destituição de uma presidente através de golpe multipartidário jogou a última pá de cal na defunta democracia.
Ilka Galante (Rio de Janeiro, RJ)
NÃO
A verdade é que nós nunca vivemos uma democracia plena no Brasil, seja porque nunca estivemos realmente preocupados em criar um projeto de país que incluísse negros, indígenas, LGBTQIA+, mulheres, etc. seja porque a desigualdade econômica se revela brutal. A eleição de Bolsonaro só escancara como, vez ou outra, a burguesia brasileira tem de apelar para o fascismo para que tudo continue igual. A democracia brasileira não corre risco, porque primeiro ela precisa existir!
Erico Alves Cardoso Ranita (Lisboa, Portugal)
SIM
Se esse questionamento necessita ser feito, a democracia já corre risco. Cada vez mais é possível observar que os vitoriosos, ancorados em popularidade ou em bolhas virtuais, incitam apoiadores a olhar a oposição como inimiga.
NÃO
Eu vou contra a maré do meu meio profissional e da minha idade. A democracia não corre risco. Estamos em um mandato absurdo de um presidente. Bolsonaro, porém, é um reflexo de um setor da nossa sociedade. Há vários Bolsonaros por aí. A onda bolsonarista e o ódio ao PT não se repetirão nas eleições de 2022, as pautas do momento não favorecem a reeleição. Bolsonaro vai alegar fraude, mas vai ser derrotado nas urnas. A democracia continuará firme!
Miguel Cunha (Rio de Janeiro, RJ)
SIM
Hannah Arendt criticou militares que só obedeciam e se negavam a pensar. Bolsonaro se nega a conhecer e reconhecer a história e a seguir o jogo democrático. Não conhece autoridade. Só autoritarismo.
Susana Claudino Barbosa (Joinville, SC)
SIM
A democracia brasileira estava em risco em 2015, foi sequestrada em 2016 e assassinada em 2018. Agora é tentar fazer nascer uma nova.
Carlos F. de Campos Martins (Petrópolis, RJ)
NÃO
A democracia no Brasil não corre risco. Mas o Supremo quer implantar a ditadura do Judiciário.
Alberto Barbosa (Brasília, DF)
SIM
Sim, corre risco. Mas em razão da polarização política (direita x esquerda) que inviabiliza a formação de qualquer consenso.
José Dionizio da Rocha (Queimados, RJ)
SIM
A democracia foi dilapidada. E vocês participaram disso! Precisam fazer mea culpa. Estão agindo correto agora. Combatendo a atuação desnorteada desta pessoa.
Marcos Antonio do Carmo Moreira (Santo Antonio de Jesus, BA)
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