PL do veneno
Por que tirar a Anvisa e o Ibama, responsáveis pelas questões de saúde e meio ambiente, das decisões sobre os agrotóxicos? Há algo muito sério em afastar esses órgãos essenciais para proteger a sociedade e o meio ambiente.
Maria Eloisa Montero Miguez (São Bernardo do Campo, SP)
Pouco destaque para a aprovação do PL do veneno. A reportagem de meia página ("Agricultura ganha mais poder sobre agrotóxicos", 10/2) opõe a bancada ruralista a "ambientalistas". Agrotóxicos na comida e no campo são um problema de saúde. O texto cita dois deputados defensores do veneno e nenhum dos partidos que votaram contra o PL, que reúnem PT, PSOL, PSB, PDT e PV. Rabo preso com o agronegócio?
Marijane Vieira Lisboa, coordenadora do curso de ciências socioambientais da PUC-SP (São Paulo, SP)
Excelente escolha da foto na reportagem. Mostra de maneira clara alguns dos culpados. Já é um começo. Devem ser publicadas também fotos dos que estão por trás dessa aprovação e permanecem escondidos.
Fernando Cândido Oliveira (Americana, SP)
Lamentável a foto escolhida pela Folha para essa reportagem. Vergonha alheia. Caso para demissão, até na Jovem Pan.
Planos de saúde
Pelo menos dois laboratórios onde realizo exames há anos já se negaram recentemente a atender o meu plano da Amil. Se a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não assumir o seu verdadeiro papel, ocorrerá conosco o mesmo que ocorreu com os antigos clientes das Classes Laboriosas e do Transmontano, entre outros ("Reclamações contra Amil crescem quase 50% em dois anos, diz ANS", Mercado, 10/2).
José Luiz Carvalho (São Paulo, SP)
Conluio
Delírio ou desfaçatez? Dá no mesmo. Parabéns à professora Maria Hermínia Tavares pelo texto desta quinta-feira (Opinião, 10/2), no qual revela o conluio entre a Presidência da República e o centrão para deixar rolar a apropriação ilegal de terras, via desmatamento. Não há setor em que a negligência do desgoverno Bolsonaro e de seus cúmplices não esteja presente.
Jonas Nilson da Matta (São Paulo, SP)
Ataque ao livro
"Cliente derruba pilha e atira livros de Lula em vendedores; autor diz preferir que 'façam fogueiras'" (Mônica Bergamo, 9/2). Infelizmente são pessoas antidemocráticas em termos políticos e que, além disso, não respeitam a opinião de outrem se não coincidir com a delas. Mas creio que tempos melhores virão e que a selvageria atual não prevalecerá.
Ronaldo Pereira (São Paulo, SP)
Dá satisfação ver essas "pessoas de bem" rasgando as vestes.
Considerando todos os episódios que já aconteceram, inclusive os mais recentes protagonizados pelo rapaz Monark, falta pouco para os bolsonaristas criarem o Bücherverbrennung e dançarem ensandecidos em volta da fogueira. Que venha a manhã de outubro!
Marcelo Ghibu (Santos, SP)
Evangélicos
"Bancada evangélica quer ser 30% do Congresso, diz seu novo presidente" (Política, 10/2). Intitulam-se os defensores da moral, da família, dos "valores"... Mas apoiam um sujeito que levou uma multidão à cova. Quer dizer que quem é de esquerda não pode ser cristão? Os mais absurdos argumentos para atingir seus objetivos e manter os fiéis.
Isnar Mattos Vieira (Porto Alegre, RS)
A maioria desses parlamentares evangélicos é tão cínica quanto gananciosa. Fingem uma crença que não praticam. Decoram versículos bíblicos para impressionar seus rebanhos, muitas vezes empobrecidos pelo desemprego e pelo emprego informal e sem direitos.
Maria Irene de Freitas (Rio de Janeiro, RJ)
Ótima notícia a Folha abrir espaço para Juliano Spyer discorrer sobre as igrejas evangélicas ("Juliano Spyer estreia coluna na Folha sobre o universo das igrejas evangélicas", Cotidiano, 9/2). A expectativa é enorme. Sempre é tempo de relembrar a frase de Sêneca: "A religião é vista pelas pessoas comuns como verdadeira, pelos inteligentes como falsa e pelos governantes como útil".
Gésner Batista (Rio Claro, SP)
Nazismo e comunismo
Ser nazista é... ter adoração por torturadores, receber em seu gabinete a neta do ministro das Finanças de Hitler, ter assessores que fazem gesto ou citações nazistas, querer equiparar o nazismo ao comunismo. São concepções diametralmente opostas. Enquanto o comunismo idealiza a justiça social, o nazismo idealiza uma raça pura e o extermínio das minorias --como este desgoverno tem feito, por exemplo, com os índios.
Beatriz Telles (São Paulo, SP)
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