Demônios
"Lula afaga evangélicos em 1º ato de campanha e fala em Bolsonaro possuído pelo demônio" (Política, 16/8). Espero que Lula não entre nessa de se envolver com o credo dos outros. Ele está concorrendo ao cargo de presidente, não ao de papa, bispo, pastor ou padre.
Geraldo Magela (Belo Horizonte, MG)
O bom e o mau
Com a propaganda política começando, temos um fato inusitado. O maior cabo eleitoral dos dois protagonistas é o seu adversário. Troca-se o mote "olha como eu sou bom" pelo "olha como ele é ruim". E resta-nos a árdua tarefa de escolher entre o ruim e o pior.
Marcos Fortunato de Barros (Americana, SP)
A cornucópia
A cornucópia de "bondades" de Bolsonaro derramada aos políticos, aos caminhoneiros e à população mais desvalida parece nada ter melhorada a sua situação em termos de preferência eleitoral, segundo revelam as últimas pesquisas, nas quais perde em todas as situações. Só ganha no índice de rejeição, o mais elevado entre todos os candidatos.
Moisés Spiguel (Campinas, SP)
Segurança
A Folha precisa tomar cuidado com as cartas que publica para evitar contribuir com a difusão de fake news. A leitora Graça Almeida escreveu que o motivo do cancelamento do lançamento da campanha de Lula numa fábrica não é falta de segurança, mas a decisão de estar presente na posse de Alexandre de Moraes. Lula iria à MWM às 7h. A posse do ministro estava marcada para as 19h em Brasília. Daria para participar das duas, não fosse o clima de insegurança que os bolsonaristas estão impondo ao país.
Simon Widman (São Paulo, SP)
Religião
O "pastor" Feliciano reafirmou que o PT vai fechar igrejas. Com a graça de Deus, meu avô, GD (1903-1997), pastor luterano, não precisa ver esses elementos serem chamados de "pastor". Provavelmente ele iria tentar ensinar a eles o verdadeiro Evangelho de Nosso Senhor, Jesus Cristo. Ensinaria em português --idioma que escolheu para pregar--, em alemão --seu idioma pátrio-- e em inglês, idioma que estudou no Seminário de Teologia.
Marcos Fernando Dauner (Joinville, SC)
Desconfiança
O forasteiro candidato ao governo de São Paulo, senhor Tarcisio de Freitas, numa das suas entrevistas, disse que as câmeras nos uniformes dos policiais é um voto de desconfiança. Não, senhor candidato, elas são um fator de segurança também para os policiais, pois eles terão como provar suas abordagens e as de seus colegas, caso seja necessário. São Paulo deu o exemplo e tem diminuído muito as ocorrências.
Tania Tavares (São Paulo, SP)
Carta pela democracia
O senhor Paulo Roberto A. Lima (Painel do Leitor, 15/8) certamente desconhece que a carta pela democracia foi redigida por um grupo de juristas e assinada por personalidades jurídicas, políticas e artísticas, além de economistas, médicos, empresários e pessoas das mais diversas profissões e de diferentes orientações políticas. Desconhece também que o Estado democrático de Direito é aquele em que podemos expressar livremente o nosso pensamento e divergir de nosso interlocutor sem ameaçá-lo nem desqualificá-lo. Eu também assinei a carta, convicto de que a nossa democracia vem sendo crescentemente ameaçada pelo bolsonarismo.
Sérgio Guedes da Fonseca Neto (Araraquara, SP)
Sem impedimento
Como é possível isto? "Três dos quatro ministros do TCU que votaram contra Deltan foram alvos de inquéritos" (Política, 12/8). Eles não deveriam ser considerados impedidos devido aos diversos inquéritos?
Cláudio Nunes Patrocínio (São Paulo, SP)
Llosa
Aconselho Sebastião Galinari (Painel do Leitor, 16/8) a ler a biografia do escritor, político, jornalista, ensaísta, professor universitário e Prêmio Nobel de Literatura peruano Mario Vargas Llosa. Aparentemente, o missivista também pouco conhece o escritor. Sugiro que leia "La Ciudad y los Perros", que teve múltiplas edições em dezenas de idiomas e foi incluído na lista dos cem melhores romances do século 20.
Maurílio Polizello Júnior (Ribeirão Preto, SP)
Clima
A partir de um caso familiar, Giovana Madalosso chama a atenção para as mudanças climáticas e a necessidade de conhecermos melhor a natureza ("O recado da caravela", Opinião, 16/8). É fato que a ignorância negacionista sobre as mudanças no clima e o desconhecimento sobre nosso ambiente cobram e cobrarão cada vez mais um preço alto da própria humanidade. Isso só mudará com educação, algo que o governo não tem como prioridade. Gostaria de acrescentar que ainda é incerto se há um aumento das populações de caravelas-do-mar, embora haja, sim, aglomerações frequentes destas. E gostaria de fazer um pedido a todos: não pisem nos recifes, porque isso destrói o ambiente.
Antonio Marques, professor titular de biodiversidade marinha do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo - USP (São Paulo, SP)
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