Um movimento, duas vertentes
Observei símbolos das campanhas de Jair Bolsonaro e de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2018 e 2022, respectivamente. Usam a mesma imagem, bastando girar 90 graus.
Celso Balloti (São Paulo, SP)
Guedes e a conta de padaria
Paulo Guedes diz que o Auxílio Brasil triplicou de valor e que, apesar da inflação, ninguém passa fome no país ("'É falso, é mentira', diz Guedes sobre 33 milhões de brasileiros passando fome", Mercado, 21/9). Sem contar que a assunção do ministros é a de que todos os necessitados recebem os benefícios sociais e que tudo é igualitário. Levando em conta o mínimo de fatores envolvidos no assunto, essa é uma conta de padaria. Seria bem apropriada para um ministro, ainda mais o da Economia? Por baixo de uma metodologia, há sempre uma metafísica, neste caso, perversa.
Maria Ester Dal Poz (Campinas, SP)
Guedes deveria aproveitar que está em São Paulo e dar uma volta pela cidade, olhando ao seu redor. Ou será que ele acredita que as pessoas que estão morando na rua com família também são de mentira?
Érica Luciana de Souza Silva (Juiz de Fora, MG)
Terceira Guerra
A afirmação de Zelenski de que o mundo não permitirá que Putin parta para uma guerra nuclear é retórica ("Zelenski diz que Ucrânia quer paz, lista condições na ONU e pede punição a Rússia", Mundo, 21/9). O mundo sabe que vivemos uma eterna possibilidade de Terceira Guerra Mundial e que ela pode ocorrer pelas mãos de um desses malucos de plantão denominados chefes de Estado. A guerra instalada e que está em curso, com fome, vírus, radicalismos sociais e religiosos, já é bastante crítica para não acreditarmos que uma outra é possível.
Arlindo Carneiro Neto (São Paulo, SP)
Tendências / Debates
O artigo de Fábio Simantob é um dos mais completos em análise de como são formados os "mitos" —comparando Bolsonaro com os mitos "Führer" e "duce", respectivamente, Hitler e Mussolini ("Mito", Opinião, 21/9). Carl Jung considerou que a sociedade alemã foi acometida por uma epidemia psíquica a partir do momento em que o inconsciente coletivo foi capturado por Hitler e seus asseclas. Quem não enxerga como se formou o mito brasileiro entre bolsonaristas não conhece a história mundial.
Moisés Spiguel (Campinas, SP)
Bolsonaro na ONU
Vivemos uma distopia quando, apesar de mentiras e campanha eleitoral terem sido o único tema de Bolsonaro no discurso na ONU, o principal jornal do país comemorar um tom mais ameno. O título do editorial deveria ser "Bolsonaro envergonha país na ONU mais uma vez".
Luiz Daniel de Campos (São Paulo, SP)
CAC na escola
Mais um CAC insano e ignorante colocando vidas em risco ("Professor com registro de CAC leva arma para escola estadual na Grande SP", Cotidiano, 21/9)! Está difícil viver nesse país de trogloditas; ter filhos então, está desesperador. Vão pelo menos tirar esse louco da escola?
Adriana Almeida (Curitiba, PR)
A que ponto chegamos. O sujeito achou por bem que jogar vôlei com uma arma na cintura, na frente de crianças ou adolescentes, em uma escola, seria uma atitude aceitável. Se um indivíduo com essa falta de noção pôde adquirir um certificado desses, é lícito inferir que os critérios para a obtenção de tal permissão são, no mínimo, duvidosos. O risco para a sociedade é monstruoso.
Henrique Ferreira Pacini (São Paulo, SP)
Ambiente
Retrospectiva sobre "Reeleição no Congresso deixa ambiente em segundo plano" (Ambiente, 21/9) traz uma "polaroid instantânea" do descomprometimento em relação à causa ambiental dos atores do nosso Congresso. Esse fato aparece claramente nos dados revelados pela plataforma Farol Verde, em que inúmeros candidatos à reeleição deixam de apoiar pautas ambientais e climáticas. Na verdade, já surgem candidatos que têm esse compromisso. Que os candidatos Carbono Zero venham para nos defender!
Antonio Gerassi (São Paulo, SP)
Colunista
Poderia desculpar a americana Deirdre Nansen McCloskey, professora em Chicago, que pregou como estratégia eleitoral votar em Simone Tebet no primeiro turno e em Lula no segundo. A colunista demonstra ignorar que isso só fortaleceria Bolsonaro e poderia gerar um banho de sangue no país. Mas emitir essa opinião só para que alguns antipetistas não sintam que a volta por cima de Lula é tão portentosa quanto as injustiças que ele sofreu me impede de perdoar tão clamorosa heresia.
Eduardo Guimarães (São Paulo, SP)
Movimento
Eu quero fazer parte do movimento "Velhas sem vergonha" (Miriam Goldenberg, 21/9)! Ando com meus cabelos (longos) grisalhos por aí, estou bem acima do peso, faço minha campanha no Instagram de cara lavada e tenho um sorriso feliz porque sou uma velhota sem vergonha e sem medo de ser feliz!
Emília Amoedo (Rio de Janeiro, RJ)
Planos de saúde
As operadoras mandam na Anvisa e não conseguiram o que pretendiam no STJ ("Bolsonaro sanciona lei que obriga planos de saúde a cobrirem tratamentos fora do rol da ANS", Cotidiano, 21/9). Daí estão a enterrar de vez o controle de custos e preços dos planos pela fabulosa cláusula de sinistralidade, distribuindo prejuízos pelos segurados e preservando o lucro das operadoras.
Nader Savoia (São Paulo, SP)
Tudo nas coxas... Sem planejamento, sem ciência, sem racionalidade. Até gestor de botequim tem muito mais capacidade administrativa.
Rafael Rodrigues (São Paulo, SP)
Igrejas evangélicas
Gostaria de informar ao senhor Pedro Portugal (Painel do Leitor, 21/9) que o que ele chama de "benesses tributárias" não constitui abuso à Constituição. Pelo contrário. A Constituição concede imunidade tributária para as igrejas. Para todas as igrejas. Não só para as igrejas evangélicas, como se depreenderia lendo as manifestações dos demais leitores.
Geraldo Magela da Silva Xavier (Belo Horizonte, MG)
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