Nesta semana, a Folha perguntou aos leitores se, na opinião deles, o impacto da inteligência artificial será positivo ou negativo. Confira algumas respostas a seguir.
Até hoje as máquinas da Revolução Industrial causam prejuízos para a natureza e para as pessoas. É preciso evoluir para máquinas que poluam menos a atmosfera, nossos ouvidos e visão, bem como que sejam menos destrutivas para a natureza, mas isso é uma questão de tempo e consciência. A tecnologia, a informática e a robótica ainda estão engatinhando e provavelmente passarão pelos mesmos processos de altos e baixos. Contudo, a longo prazo os benefícios tendem a superar eventuais impactos negativos.
Soraya Sotomaior Justus (Foz do Iguaçu, PR)
O principal impacto negativo da inteligência artificial para o público leigo, na minha visão, é ser chamada de inteligente, o que confunde demais as pessoas. Afinal, o sistema consiste em cálculos complexos estatísticos, basicamente uma calculadora sobre uma enorme base de dados. Ninguém atribui inteligência a calculadoras. Esqueçam o inteligente, tudo é computação.
Cristina Duarte Murta (Brumadinho, MG)
Depende para onde essa inteligência for direcionada. Se continuar no caminho que está, provavelmente as máquinas vão se misturar com a biologia humana, as pessoas vão curar doenças e deficiências substituindo partes do corpo por máquinas até se transformarem em androides conectados entre si pela internet.
Leonardo Henrique Dias Valente (Paraty, RJ)
Negativo. Dada a tendência pelo menor esforço, logo as pessoas cederão lugar para chatbots ao invés de pensar por si mesmas. A médio e longo prazo, teremos uma sociedade de alta tecnologia, desigualdade acentuada e emburrecida pela terceirização do pensamento.
Marcelo Castro Andreo (Londrina, PR)
Será positivo no sentido de acelerar processos, permitir mais rapidez em certas logísticas. No mundo corporativo é inegável o benefício. Mas, ao meu ver, se não for usada com cautela, poderá trazer impacto para a saúde, principalmente a mental. E outra coisa, as inteligências artificiais jamais conseguirão substituir o calor humano de um abraço sincero.
Francielda Queiroz Oliveira (Belo Horizonte, MG)
Se positivo ou negativo, tudo dependerá de como for usado. É como as redes sociais. Se usadas para propagar fake news são negativas, mas se forem usadas para uma campanha de vacinação, são muito positivas.
Marcos Barbosa (Casa Branca, SP)
Será positivo pois mostrará os nossos limites e o quanto precisamos cada vez mais de uma educação humanística. Será negativo porque é fabricado e tem como mote o mercado. Não tem ética. A ética virá depois dos problemas que surgirão.
Daniel Bruno dos Santos Ricco (Dourados, MS)
De uma forma mais ampla, vai causar desemprego e contribuir para a concentração da renda. Privacidade vai se tornar, cada vez mais, algo raro. Algum nível de regulamentação será necessário, principalmente nos países em desenvolvimento.
João Vicente Pedrosa Moreira (Vitória, ES)
Eu acho que será positivo, pois iremos aprender também com ela. Eu mesmo tenho aprendido com o ChatGPT, sou radialista e quando estou sem ideias, jogo lá no chatbot e peço uma ajudinha. Com base nas ideias que ele me dá, consigo fazer coisas diferentes em cima daquilo.
Guilherme Custódio (Estiva Gerbi, SP)
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