Descrição de chapéu desigualdade de gênero

Leitoras falam dos maiores desafios que enfrentam como mulheres

O medo do assédio de homens é um dos principais pontos levantados

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Neste mês, a Folha perguntou às leitoras qual foi o maior desafio que enfrentaram como mulher. Confira algumas das respostas a seguir.


Driblar as "armadilhas" do preconceito racial, na vida profissional e amorosa.
Maria Adélia Paulino dos Santos (Barueri, SP)

Redução de salário durante licença-maternidade, mesmo sendo servidora pública federal.
Mari Carmen Rial Gerpe (Brasília, DF)

Por ser mulher, senti que a dificuldade para tirar a habilitação de motorista foi constrangedora em alguns momentos, visto que os homens dominam as salas de aula teóricas e de direção.
Eliene Andrade (Aracaju, SE)

Assédio no trabalho.
Luciana Carvalho (Votuporanga, SP)

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Leitoras da Folha falam que têm muito medo de serem assediadas - Catarina Pignato

Estudei por anos à luz de candeeiro; andei em média uma hora e meia a pé para tomar o transporte escolar e ir para o colégio; passei no vestibular em universidade pública aos 17 anos, me formei e hoje sou advogada e professora no Rio de Janeiro, onde também encontrei diversos empecilhos por ser nordestina, por ter sotaque, por ser mulher. No mercado de trabalho me deparei com a seguinte situação: embora a melhor profissional recebia menos do que os advogados do sexo masculino. Mas, sobrevivi e, não por acaso, sou sócia majoritária em uma sociedade de advogadas.
Ana Paula Feliciano de Melo (Rio de Janeiro, RJ)

O maior desafio que eu já enfrentei foi ser ouvida, principalmente em espaços dominados por homens. E quando digo ser ouvida não me refiro somente a que alguém escute a minha voz, mas também a ser levada a sério, que minhas opiniões e ideias sejam vistas como válidas.
Tatiane Lucas de Medeiros (Rio de Janeiro, RJ)

Quando aos 44 anos, foi necessária uma histerectomia total por ter um mioma. Foi um baque que me deixou um sentimento de impotência como mulher. Me senti anestesiada e anulada como mulher por dezenas de anos. Me recuperei emocionalmente, mas ficou uma sequela física.
Maria Izabel Rocha (Curitiba, PR)

A estrutura patriarcal, racista e elitista se reinventam a todo momento com novas práticas mais excludentes e perversas, mas em que pese tantas violações, me reinvento e renasço cada dia mais combativa e atuante.
Bianca Santos Souza (Salvador, BA)

Enfrentar três gravidez sem trabalho ou com trabalho em condições precárias.
Silvana dos Santos Moreira (Irati, PR)

O medo do assédio masculino em todo lugar.
Luana Sottoriva (Caxias do Sul, RS)

Enfrentei e continuo enfrentando, afinal ser mulher é viver em luta constante para não sucumbir ao machismo que nos atravessa e nos violenta todos os dias. Mas acho que o maior deles tem sido para manter minha saúde mental em meio às relações violentas que vivi: agressões físicas e verbais, importunação sexual, tentativas de estupros.
Suilyanna Lievore Buter (Vitória, ES)

Andar sozinha na rua. Sempre ando receosa em ser assaltada, agredida, violentada por um homem.
Gessica Gransoti (Americana, SP)

Sempre que ganhava alguém prêmio de destaque na escola era a única mulher, não me sentia pertencente nem merecedora de estar ali!
Augusta Nobre Vieira da Silva (São Paulo, SP)

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