A Folha perguntou aos leitores nesta semana como é possível minimizar os efeitos de desastres ambientais sobre os mais pobres. Confira algumas respostas a seguir.
As pessoas mais pobres são mais suscetíveis pela falta de urbanismo e política pública.
Pablo Spinelli (Rio de Janeiro, RJ)
É evidente a associação entre vulnerabilidade social e ambiental. Quanto ao racismo ambiental, basta avaliar o quanto pessoas negras conseguem ser atendidas e se recuperar em relação às não negras atingidas pelos mesmos desastres. Esse seria um parâmetro para definir o termo, não para resolver o problema, que depende de políticas públicas, conscientização e, o mais importante, uma lei de uso e ocupação do solo inclusiva e não que favoreça a especulação imobiliária.
Adilson Roberto Gonçalves (Campinas, SP)
Todos suportamos os impactos de desastres ambientais. Ocorre que os mais ricos conseguem compensar os reflexos. A solução é um clichê: educar. Educação para os mais pobres melhorarem a qualidade de vida e educação para todos nós melhorarmos os votos em eleições.
Ronan Wielewski Botelho (Londrina, PR)
A cidade é dividida de uma forma em que as melhores estruturas são construídas nos bairros onde habita quem tem mais dinheiro, e o que sobra, quando sobra, é usado em infraestrutura nos bairros pobres.
Etiene Martins (Rio de Janeiro, RJ)
Esse fenômeno muitas vezes resulta de políticas habitacionais discriminatórias e falta de acesso a oportunidades econômicas, o que limita o acesso dessa população a moradias seguras e infraestrutura resistente a desastres. A segregação residencial histórica e práticas discriminatórias resultam em comunidades racialmente minoritárias vivendo em áreas mais propensas a desastres naturais com infraestrutura inadequada.
Vinícius Rodrigues de Oliveira (Limeira, SP)
Sim, estão; pelo fato das condições reais do dia a dia: moradias (muitas vezes adaptadas, construção precária em lugares de risco) sujeitas a deslizamentos, enchentes; também a população mais afetada pelos efeitos da seca. Enfim, são muitos os impactos a atingir a população mais pobre.
Adelson Jesus de Souza (Santa Isabel, SP)
Fica constatado que os impactos das mudanças climáticas atingem sobretudo áreas com pouca ou nenhuma participação do poder público, ocupadas majoritariamente por pessoas desfavorecidas social e financeiramente.
Janilson Ferreira dos Santos Cruz (Manaus, AM)
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.